terça-feira, 16 de setembro de 2025

Quarta-feira da 24ª Semana do Tempo Comum

A liturgia de hoje nos convida a contemplar o coração do mistério cristão e a abrir os ouvidos e o coração para a voz de Deus. São Paulo recorda que a Igreja é coluna da verdade e proclama o núcleo da nossa fé: Cristo vivo e glorificado. No Evangelho, Jesus nos alerta para não endurecermos o coração diante das diversas formas com que Deus nos fala. É tempo de escutar, acolher e deixar que a sabedoria divina frutifique em nós.

Na primeira leitura, São Paulo recorda a Timóteo que a Igreja é “coluna e fundamento da verdade” e proclama o núcleo da nossa fé: Cristo, manifestado na carne, justificado no Espírito, contemplado pelos anjos, anunciado às nações, acreditado no mundo e exaltado na glória. É um hino condensado do mistério da salvação. Aqui está o centro da vida cristã: não uma ideia, mas uma Pessoa viva — Jesus Cristo — que se fez próximo, entrou na nossa história e nos abriu o caminho para o Pai.

No Evangelho, Jesus compara “os homens desta geração” a crianças caprichosas que não se deixam tocar nem pela alegria nem pela tristeza. João Batista veio com austeridade e foi rejeitado; o Filho do Homem veio com proximidade e misericórdia, e também foi criticado. A mensagem é clara: quando o coração está fechado, nenhuma linguagem de Deus é suficiente. O problema não está no mensageiro, mas na disposição interior de quem ouve.

Jesus conclui: “A sabedoria foi justificada por todos os seus filhos”. Ou seja, a verdadeira sabedoria se manifesta nos frutos. Quem vive segundo o Espírito, mesmo que seja incompreendido, deixa sinais concretos de amor, justiça e misericórdia. A fé não é apenas um discurso, mas um modo de viver que confirma a verdade que professamos.

Quantas vezes também nós caímos na tentação de querer que Deus fale apenas do jeito que nos agrada! Podemos rejeitar a correção profética de um “João Batista” ou a ternura acolhedora de um “Jesus” porque não se encaixam nas nossas expectativas. O convite de hoje é abrir o coração para reconhecer a voz de Deus nas diversas formas com que Ele nos fala — seja pela exigência da conversão, seja pelo consolo da Sua misericórdia.

Enfim, peçamos ao Senhor, que abra o nosso coração para acolher a Sua Palavra de todas as formas. Que não sejamos como crianças caprichosas, mas como filhos que reconhecem a sabedoria do Pai e a deixam frutificar em obras de amor. Amém.

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