Ser leigo é dizer “sim” a Deus sem sair da rotina.
E ser diácono permanente é viver esse “sim” com ainda mais profundidade — como
homem de fé que abraça duas vocações: a de esposo e pai, e a de servidor
consagrado à missão da Igreja.
O diácono permanente é aquele que acorda cedo, enfrenta o
trânsito, cuida da casa, educa os filhos, compartilha alegrias e lutas com sua
esposa — e, ao mesmo tempo, proclama o Evangelho, administra sacramentos,
visita os enfermos, consola os aflitos e serve à comunidade com o coração de
Cristo.
Santidade no cotidiano
A vocação diaconal não se constrói apenas no altar, mas também na cozinha, no
quintal, no trabalho, nas filas do supermercado, nos cafés apressados.
É ali, no comum, que o amor de Deus se revela através do jeito de falar, de
escutar, de tratar o outro.
O diácono é presença de paz no meio da correria, sinal do Reino no meio do
mundo.
Duas vocações que se entrelaçam
Como homem casado, o diácono é chamado a ser administrador fiel de sua família,
testemunha do amor conjugal e da educação cristã dos filhos.
Como homem ordenado, é chamado a ser servo da Palavra, da Liturgia e da
Caridade.
Essas vocações não competem — se complementam. Uma fortalece a outra.
É no lar que ele aprende a amar com paciência. É na Igreja que ele aprende a
servir com humildade.
O mundo como campo de missão
Hoje celebramos todos os leigos que fazem do mundo o seu campo de missão.
E entre eles, destacamos o diácono permanente — esse homem que vive a fé com os
pés no chão e o coração no céu.
Que nunca lhe falte fé para continuar dizendo “sim” onde Deus o plantou.
Que sua vida seja sinal da presença divina no ordinário, no silêncio, na
entrega.
Porque ser diácono é ser ponte entre o altar e a
rua.
É ser homem inteiro, consagrado e cotidiano.
É ser servo, esposo, pai, irmão, missionário.
É ser leigo consagrado que transforma o mundo com a força do Evangelho vivido
no dia a dia.