segunda-feira, 8 de setembro de 2025

Terça-feira da 23ª Semana do Tempo Comum

Hoje, a Palavra nos convida a mergulhar no mistério da nossa união com Cristo. São Paulo, escrevendo aos Colossenses, nos lembra que nossa vida cristã não é apenas uma adesão intelectual ou moral a Jesus, mas uma verdadeira participação em sua morte e ressurreição. Fomos sepultados com Ele no batismo e, pela fé, ressuscitamos com Ele para uma vida nova. Isso significa que tudo o que nos separava de Deus, os nossos pecados, nossas culpas, nossas dívidas espirituais, foi cravado na cruz. Cristo venceu por nós.

Na primeira leitura, Paulo fala de um Cristo que despoja os poderes e autoridades, expondo-os publicamente. É uma imagem de triunfo: Jesus não apenas nos salva, mas derrota tudo aquilo que nos escraviza. Isso nos desafia a viver como pessoas libertas, não mais dominadas por filosofias vazias ou tradições humanas que não se fundamentam em Cristo. A nossa fé precisa estar enraizada n’Ele, como uma árvore que se alimenta da fonte verdadeira.

“O Senhor é muito bom para com todos, sua ternura abraça toda criatura.” (Sl 144,9)
Essa bondade de Deus não é abstrata. Ela se manifesta concretamente em Jesus, que cura, que escolhe, que se doa. O salmista nos convida a bendizer o nome do Senhor todos os dias, reconhecendo que a misericórdia é a marca de sua realeza.

Antes de escolher os doze apóstolos, Jesus passa a noite inteira em oração. Que lição poderosa! Antes de tomar decisões importantes, Ele se recolhe, escuta o Pai, se alinha com a vontade divina. E depois, escolhe homens simples, imperfeitos, mas chamados a serem colunas da Igreja. Isso nos mostra que a missão nasce da intimidade com Deus. Sem oração, não há discernimento. Sem escuta, não há envio.

Ele não permanece no alto, isolado. Desce ao encontro da multidão, cura os doentes, toca os corações. A oração leva à missão. A contemplação leva ao serviço. Somos chamados a fazer o mesmo: subir ao monte da oração e descer ao vale da vida cotidiana, levando cura, esperança e presença.

Que hoje, ao celebrarmos esta liturgia, possamos renovar nossa união com Cristo, viver como ressuscitados e ser instrumentos da ternura de Deus no mundo.

Amém.

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