segunda-feira, 4 de agosto de 2025

Parábola do Filho que Voltou à Vila (Diác. Evanoel Fernandes)

Havia, numa antiga vila, uma grande oficina onde artesãos trabalhavam a serviço do Rei. Cada um com sua missão, suas ferramentas e seu lugar na obra. Entre eles havia um ajudante antigo, discreto, que cuidava dos detalhes menores, mas essenciais: preparava o fogo, acolhia os materiais, atendia os que vinham de fora com mãos generosas.

Um dia, sem que se soubesse bem o porquê, esse ajudante deixou de aparecer. Diziam que o Rei havia suspendido sua tarefa por um tempo. A oficina seguiu funcionando, os artesãos continuaram a moldar a obra, e com o tempo, o ajudante foi esquecido, como um nome apagado de um velho livro.

Muitos anos se passaram. Até que o Rei, olhando a oficina com amor e saudade, disse: — Falta alguém entre vocês. Aquele que foi retirado, agora deve voltar.

E assim o ajudante retornou. Não vinha com honras, nem com trono, mas com a mesma disposição de antes: servir.

Mas nem todos os artesãos se alegraram. Alguns cochichavam: — Por que agora? Já fazemos tudo nós mesmos. — Será que ele veio ocupar um lugar que não é mais dele?

O ajudante, com humildade, ajoelhava-se para reacender o fogo, trazer água, consolar os cansados e lembrar aos demais que o serviço é o coração da obra.

Com o tempo, a oficina começou a brilhar de novo em lugares que antes estavam empoeirados. O povo da vila percebia algo novo, uma luz que vinha da base. E o Rei sorria.

Moral da História

O ajudante era o servo que havia sido esquecido: o diaconato permanente, que por séculos esteve adormecido, e voltou por vontade do Senhor da obra no tempo do grande Concílio. Sua presença não diminui a dos outros mestres da oficina — os presbíteros — mas a completa, a reforça, a recorda o que às vezes se perde no ofício: o serviço humilde e a presença entre os pobres.

A resistência ao seu retorno nasce do medo, não da verdade. Pois onde o Rei chama, ali há lugar. E quando os irmãos se reconhecem como cooperadores, e não competidores, a obra cresce, o Reino floresce, e o povo vê no serviço unido o rosto do verdadeiro Rei.

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