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A Concatedral Nossa Senhora da Glória praticamente lotou na manhã de domingo, 3, para uma cerimônia religiosa inédita na Diocese de Palmas – Francisco Beltrão, criada há 67 anos. Pela primeira vez, de uma só vez, 40 alunos da Escola Diocesana Diaconal São Lourenço participaram da celebração do Ministério de Leitor e Acólito, presidida por dom Edgar Ertl, bispo diocesano, e concelebrada por diversos padres que atuam nas paróquias. Familiares dos alunos ao diaconato e a comunidade prestigiaram a cerimônia religiosa.
Em entrevista à imprensa, dom Edgar explicou o significado desta cerimônia para a Igreja Católica. “Nós estamos concedendo, dentro da Eucaristia, dois ministérios, que é o Ministério de Leitor e Acólito. Os ministérios são serviços, assim como o Ministério Ordenado, o Ministério de Diácono, de Padre e Bispo. Mas existem os ministérios que são dos leigos, que é próprio dos batizados. Na tradição da Igreja, esses ministérios foram restaurados pelo Conselho Vaticano 2º, sobretudo do Leitor, ou seja, aquele que proclama a Palavra de Deus, aquele que explica a Palavra de Deus.”
Dom Edgar acrescendo dizendo que “os Acólitos estão a serviço, propriamente, do altar e da Eucaristia. Inclusive, eles devem levar a Eucaristia para os doentes. Também nas grandes celebrações são convidados a distribuir a Eucaristia. São, diríamos assim, essas duas funções específicas. Mas o papa Francisco também estabeleceu na Igreja o Ministério de Catequistas. Então, nós também teremos, no dia 31 de dezembro, a instituição dos Catequistas como ministério. Desde os apóstolos, a Igreja sempre valorizou a importância que têm esses homens, e também agora, no caso, os Catequistas, para os diferentes serviços da nossa Igreja. Para Diocese, hoje é uma data extraordinária, porque é a primeira vez que nós estamos realizando esta instituição em vista da ordenação diaconal de 40 homens, que provavelmente acontecerá no primeiro semestre de 2026”.
Persistência e presença de Deus
Rodrigo Pedro Daldin, 35 anos, ministro da Eucaristia na Paróquia Cristo Rei, de Pato Branco, é o aluno mais novo da Escola Diaconal. Ele contou porque entrou para a escola. “O chamado acho que cada um de nós recebeu de modo especial, de uma forma única e exclusiva, mas a grande maioria acredita que, como eu, é pela questão comunitária. Nós sentimos o anseio de que, nas nossas comunidades, nós poderíamos fazer mais, ser mais presença de Deus. E esse é o chamado que todos nós atendemos, ser presença de Deus onde nós estivermos.”
Claudino Rizelo, ministro auxiliar na Paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Pato Branco, falou da persistência dos candidatos ao diaconato para fazer o curso que começou ainda em 2019 e está sendo concluída.
“É, a perseverança em primeiro lugar. Os desafios que tem, os estudos, os tempos que a gente tem que dispor para isso é uma causa do Evangelho mesmo, um chamado de Deus, que a gente dá uma resposta e segue passando o tempo por cima de todas as barreiras encontradas pra perseverar o chamado Discipulado de Cristo.” Rizzelo atua na Igreja Católica, em movimentos e pastorais, desde os 16 anos de idade.