Na primeira leitura, vemos Moisés descendo do Sinai com as Tábuas da Lei. Seu rosto resplandece por ter estado na presença de Deus. Que imagem poderosa! A luz que emana não é sua, mas fruto do encontro profundo com o Senhor. Isso nos provoca: será que nossa vida reflete a luz de Deus? Será que, ao rezarmos, lermos a Palavra e participarmos da Eucaristia, deixamos Deus transfigurar nosso rosto, nossas atitudes?
O Salmo 98 proclama: "Exaltai o Senhor nosso Deus e prostrai-vos ante o seu santo monte!" O convite é claro: adorar, reconhecer a santidade de Deus, permitir que Ele conduza nossa vida. Como Moisés, também somos chamados à intimidade com o Senhor — e isso exige reverência e escuta.
Já o Evangelho de hoje, nos apresenta duas pequenas parábolas do Reino: o tesouro escondido e a pérola preciosa. Em ambos os casos, há alguém que, ao encontrar algo valioso, vende tudo o que tem para obtê-lo. Aqui está o cerne do discipulado cristão: encontrar Jesus — o tesouro, a pérola — e permitir que isso reoriente completamente nossa vida.
Enfim, a intimidade com Deus resplandece em nós como luz. Que esta liturgia reacenda em nosso coração o desejo de buscar o Reino com decisão, coragem e alegria. Que sejamos como Moisés, iluminados pela presença de Deus, e como o homem da parábola, apaixonados pelo tesouro que é viver em Cristo.
Que o Espírito Santo nos ajude a descobrir, dia após dia, o valor incomparável da pérola do Reino.
Amém.