quinta-feira, 24 de julho de 2025

Festa de São Tiago, Apóstolo

Celebramos hoje, com alegria e reverência, a Festa de São Tiago, Apóstolo, um dos primeiros discípulos chamados por Jesus, irmão de João Evangelista e filho de Zebedeu. Tiago foi testemunha ocular dos milagres e da paixão de Cristo, e tornou-se o primeiro dos apóstolos a derramar o sangue pelo Evangelho. A liturgia nos convida a contemplar o chamado ao discipulado autêntico: aquele que se constrói na fragilidade humana, na esperança que brota da dor e na grandeza do serviço.

Na primeira leitura de hoje, São Paulo recorda que somos vasos de barro, frágeis por natureza, mas repletos de um tesouro incomparável: o Evangelho. Assim como Tiago, enfrentamos lutas, quedas e perseguições, mas tudo isso revela o poder de Deus em nós. Nossa fraqueza é espaço para a manifestação da graça. “Somos afligidos de todos os lados, mas não vencidos pela angústia...” Esse é o retrato do apóstolo, que não foge do sofrimento, mas o abraça em nome da missão.

O salmista nos lembra que a fidelidade ao Senhor exige confiança mesmo nas noites mais escuras. São Tiago semeou o Evangelho entre lágrimas, mas seus frutos permanecem vivos na Igreja. O caminho da missão nunca é fácil, mas é fértil. “Os que lançam as sementes entre lágrimas, ceifarão com alegria.” Essa é a certeza de quem confia na ação de Deus, mesmo quando tudo parece árido.

E no Evangelho de hoje, Jesus corrige a lógica humana de grandeza. A mãe dos filhos de Zebedeu pediu status, mas Jesus ofereceu um cálice de entrega e serviço. Tiago bebeu desse cálice e tornou-se verdadeiramente grande: não pelos cargos, mas pela cruz que assumiu. “Quem quiser ser o primeiro, seja vosso servo.” No Reino de Deus, a medida da grandeza é a capacidade de se doar.

Ao celebrarmos São Tiago, somos chamados a abraçar uma vida de entrega, coragem e humildade. Ele não buscou os primeiros lugares, mas colocou-se em último para ser o primeiro aos olhos do Senhor. Que nosso ministério, nossas pastorais e nossa comunidade sejam movidos por esse mesmo espírito de serviço, mesmo que isso exija lágrimas — pois a alegria da colheita é promessa de Deus.

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