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A Igreja Católica celebra o Dia de Finados ou Dia dos Fiéis Defuntos em 2 de novembro por razões teológicas e espirituais profundas, que refletem a crença na vida eterna e na comunhão entre vivos e mortos.
Origem e História
A celebração tem suas raízes no século II, quando os primeiros cristãos começaram a rezar pelos falecidos e visitar seus túmulos. A data oficial foi estabelecida no final do século X, mais especificamente em 998, pelo monge beneditino Odilo de Cluny, abade do Mosteiro de Cluny na França. Ele determinou que o "Dia de Todas as Almas" fosse celebrado logo após o Dia de Todos os Santos (1º de novembro). No século XIII, a data de 2 de novembro foi oficialmente instituída pela Igreja Católica como o Dia dos Fiéis Defuntos.
Significado Teológico
O Dia de Finados tem um profundo significado espiritual para os católicos:
1. Oração pelas almas do Purgatório: a Igreja convida os fiéis a dedicarem orações especiais às almas dos falecidos, principalmente aquelas que ainda estão no purgatório, ou seja, o estado de purificação antes de entrarem no céu.
2. Crença na vida eterna: mais do que um momento de luto, é um dia de fé e esperança, baseado na crença da ressurreição dos mortos e da vida eterna prometida por Cristo.
3. Comunhão dos santos: a celebração reforça a doutrina da comunhão entre a Igreja militante (os vivos), a Igreja padecente (as almas do purgatório) e a Igreja triunfante (os santos no céu).
Fundamentação Bíblica
A doutrina católica sobre a oração pelos mortos se apoia em diversas passagens bíblicas, incluindo: Tobias 12,12 - Jó 1,18-20 - Mateus 12,32 - II Macabeus 12,43-46
Práticas e Tradições
Neste dia, os católicos tradicionalmente visitam cemitérios para rezar junto aos túmulos de entes queridos, participam de missas pelos falecidos, oferecem orações e sufrágios pelas almas e acendem velas em memória dos mortos. A celebração de Finados, embora tenha incorporado alguns elementos de antigas tradições pagãs ao longo dos séculos, foi cristianizada pela Igreja Católica e transformada em um momento de esperança cristã na ressurreição, não apenas de tristeza pela morte.
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