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Olá, povo de Deus, paz e bem para vocês também!
Hoje celebramos com profunda reverência a memória dos Santos André de Soveral, Ambrósio Francisco Ferro, Mateus Moreira e seus companheiros mártires. Homens e mulheres que, em meio à perseguição religiosa no Brasil do século XVII, derramaram seu sangue por amor a Cristo e à Igreja. Mateus Moreira, ao ter seu coração arrancado, exclamou: “Louvado seja o Santíssimo Sacramento!” — um testemunho que ecoa até hoje como sinal de fé inabalável.
A Primeira Leitura de hoje é uma confissão coletiva de pecado. O povo reconhece que se afastou da aliança com Deus, e por isso sofre. É uma oração de arrependimento, que nos ensina que o caminho da conversão começa com a humildade de reconhecer nossas faltas. Os mártires que hoje celebramos não foram perfeitos, mas foram fiéis até o fim. Eles nos mostram que a fidelidade a Deus exige coragem, mesmo diante da morte.
Já o Salmo é um lamento profundo diante da destruição de Jerusalém. “Ajudai-nos, nosso Deus e Salvador! Por vosso nome, libertai-nos!” — é o clamor de um povo que, mesmo em meio à dor, não perde a esperança. Os mártires do Brasil também viveram tempos de ruína e perseguição, mas mantiveram viva a chama da fé. Que esse salmo seja também nossa oração diante das injustiças e sofrimentos do mundo atual.
Enquanto o Evangelho nos traz palavras duras de Jesus contra as cidades que rejeitaram sua mensagem. “Quem vos escuta, a mim escuta; e quem vos rejeita, a mim rejeita.” Aqui, Jesus nos lembra que a rejeição aos seus enviados é rejeição ao próprio Deus. Os mártires que hoje veneramos foram rejeitados, perseguidos e mortos por causa da fé. Mas sua fidelidade os elevou à glória eterna. Eles nos desafiam a não sermos indiferentes à Palavra de Deus, a não sermos como Corazim e Betsaida, mas sim como Tiro e Sidônia, que teriam se convertido se tivessem visto os sinais.
Hoje, somos convidados a refletir: temos escutado a voz de Deus? Temos acolhido seus enviados, seus profetas, seus pastores? Ou temos rejeitado a verdade por comodismo ou medo? Que o exemplo dos mártires do Brasil nos inspire a viver com coragem, fidelidade e amor à Eucaristia, mesmo quando isso nos custar sacrifícios.
Que possamos, como Mateus Moreira, proclamar com a vida e com a morte: “Louvado seja o Santíssimo Sacramento!”
Assim seja!