segunda-feira, 20 de outubro de 2025

André, 2 meses perdido na floresta Amazônica…a fé me salvou!

André Rizek é apresentado no SporTV, canal do Grupo Globo - (crédito: Foto: Reprodução/SporTV)

Por Paulo Teixeira

Jornalista isolado na Amazônia apela para a fé e duas décadas depois é lembrado por Deus desse milagre

André Rizek é um conhecido jornalista esportivo brasileiro. Quando jovem foi uma espécie de repórter aventureiro com grandes trabalhos. Uma de suas grandes reportagens o levou ao isolamento na floresta amazônica. Ali onde ninguém poderia ouvi-lo, uma centelha de fé em seu coração fez com que dirigisse um pedido sincero a Deus. O jornalista foi prontamente atendido, alcançou um milagre, registrou a intervenção divina em sua reportagem e seguiu sua vida e carreira. Vinte anos depois do ocorrido, ao se tornar pai, Deus mesmo o lembrou da promessa que fizera.  

A busca por uma reportagem exclusiva. O desejo por uma aventura que era para ser uma missão épica de jornalismo, a inauguração de uma rota inédita ligando o Brasil ao Pacífico, se transformou em uma luta desesperada pela sobrevivência no coração da Amazônia. 

O plano era simples, mas audacioso: percorrer a recém-aberta estrada que conectava Rio Branco, no Acre, ao Oceano Pacífico, no Peru. Uma equipe, um carro 4x4 preparado e a ilusão de um trajeto tranquilo. Mas o que encontraram, em pleno janeiro de 2003, era o verão amazônico. “Não é que chove, cai o mundo, né? Aquela chuva amazônica é de verdade. Por essas coincidências bizarras, era a maior chuva de todos os tempos daquela semana”, conta Rizek

A fronteira não era uma placa, mas um rio. O carro 4X4 não teria como atravessar aquele rio. Surgiram indígenas que ajudaram na travessia equilibrando o veículo sobre canoas. A partir dali, o perigo se instalaria, lento e progressivo. 

A equipe adentrava uma região inóspita, no trecho conhecido como Serra do Chupassangre. A cada cinco quilômetros, o atolamento. Lama, desfiladeiros, o carro à deriva. Na escuridão da Amazônia, surge um rio relativamente grande. Onde a aventura cedeu lugar ao desespero. “Foram 30 quilômetros num dia, uma loucura. Depois de muito cansado, a gente se depara com um rio e aí falei para meu amigo que não dava mais pra voltar, que o carro podia passar por certos níveis de água, que já ia escurecer e, enfim, decidimos pela travessia”.  

Na tentativa de cruzar o curso de água, o carro falhou. O veículo, preparado para o pior, parou no meio do rio. Ilhados, sozinhos, e com a noite engolindo a selva, a única opção era buscar ajuda a pé.  

Encontraram um grupo de operários peruanos que trabalhavam na construção da estrada e os receberam no acampamento. Um detalhe é que os operários não tinham meios de comunicação para avisar o paradeiro dos jornalistas. por meio de um rádio amador, o engenheiro informou que se alguém estivesse ouvindo, os dois brasileiros estavam ali. Ninguém estava ouvindo o rádio naquele perímetro, mas todo mundo já estava procurando os dois. O engenheiro Juan foi categórico. O carro estava seguro, mas a viagem, suspensa: "Tem que esperar passar a chuva. Em março". 

Seriam dois meses presos no meio do nada. Sem comunicação, a família no Brasil já pensava no pior. A Polícia Federal foi acionada para buscar os jornalistas que haviam desaparecido. 

O milagre e a promessa

É no limite entre a vida e a morte que o homem, mesmo o não religioso, busca uma força maior. No acampamento isolado, em meio ao desespero, o jornalista rezou a São Pedro: “São Pedro. Amanhã tem que sair um sol e a gente tem que dar um jeito de sair daqui”. 

A promessa foi um ato de fé no limite. "Manda um sol para a gente. Eu vou ter um filho, e ele vai chamar Pedro". O que aconteceu na manhã seguinte desafia a lógica. O céu azul. 

O milagre do sol se transformou em uma ação audaciosa. Com uma balsa improvisada conseguiram tirar o carro daquele lugar e escaparam do inferno verde.

A fé que volta

Anos se passaram. O jornalista, hoje casado com a jornalista Andréa Sadi, se preparava para o nascimento dos gêmeos. E o destino, ou a promessa, veio à tona. A esposa, sem saber de nada, não aceita os nomes propostos para o menino e insiste que o filho deverá se chamar Pedro.  

Depois que as crianças nasceram, Rizek contou para a esposa sobre a aventura e a promessa. Mostrou a reportagem publicada mais de vinte anos antes e ela se comoveu. Moral da história: a promessa não foge de você. 

A fé, que havia sido invocada em um momento extremo de sobrevivência, se concretizou na vida. Uma história sobre a natureza indomável, a busca incansável por uma notícia, e a mais profunda lição de todas: o poder inabalável da fé. 

A verdade é que, no jornalismo e na vida, a linha entre a aventura e a tragédia é tênue. E, às vezes, para atravessá-la, é preciso mais do que um carro 4x4. É preciso ter fé.

Fonte da informação

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