Olá, povo de Deus, paz e bem para vocês também!
A primeira leitura nos apresenta um dos textos mais profundos da teologia paulina: a comparação entre Adão e Cristo. Por meio de Adão, o pecado entrou no mundo, e com ele a morte. Mas por meio de Cristo, veio a graça, a vida e a justificação. São Paulo nos revela que, mesmo diante da realidade do pecado, Deus não se deixa vencer: sua graça é sempre maior, sempre mais abundante.
Essa é uma mensagem de esperança para todos nós. Não importa quão profunda seja a ferida causada pelo pecado — a misericórdia de Deus é mais profunda ainda. Onde o pecado parece dominar, a graça de Deus pode transformar, curar e renovar.
O salmo responsorial é uma resposta de amor e disponibilidade. O salmista não oferece sacrifícios externos, mas um coração disposto a fazer a vontade de Deus. Isso nos lembra que o verdadeiro culto não está apenas nas palavras ou ritos, mas na entrega sincera da vida.
Cristo é o modelo perfeito desse salmo: Ele veio ao mundo para fazer a vontade do Pai, e essa obediência o levou até a cruz. Nós, como discípulos, somos chamados a viver essa mesma disponibilidade, dizendo com o coração: “Eis que venho, Senhor!”
O Evangelho nos convida à vigilância. Jesus usa a imagem dos servos que esperam o senhor voltar das bodas. Eles não sabem a hora, mas estão preparados. E o mais surpreendente: quando o senhor chega e os encontra vigilantes, ele mesmo se cinge e os serve!
Essa inversão — o Senhor servindo os servos — é o coração do Evangelho. Deus não é um patrão distante, mas um Pai que ama, que se inclina, que serve. E Ele nos pede que vivamos atentos, com o coração desperto, com a fé acesa, como lâmpadas que iluminam a noite.
Portanto, não nos deixemos abater pelo peso do pecado. A graça de Deus é maior. Busquemos o sacramento da reconciliação com fé e esperança. E que nossa oração seja como a do salmista: “Eis que venho, Senhor!” Vivamos com o coração aberto à vontade de Deus, estejamos atentos aos sinais de Deus no cotidiano. Ele vem nas pequenas coisas, nos encontros, nas oportunidades de amar e servir.
Que esta liturgia nos ajude a viver com esperança, prontidão e amor. Que a graça de Cristo nos transforme e nos faça servos vigilantes, prontos para acolher o Senhor que vem.
Assim seja!