quinta-feira, 28 de agosto de 2025

Memória do Martírio de São João Batista

Hoje, celebramos com reverência o martírio de São João Batista, o precursor do Senhor, aquele que veio preparar os caminhos do Messias com coragem, austeridade e fidelidade absoluta à verdade. Sua morte não foi um acidente, mas consequência direta de sua missão profética: denunciar o pecado, mesmo quando este habitava os palácios.

Na primeira leitura de hoje, Deus encoraja o profeta Jeremias: "Não tenhas medo... Eu estou contigo para defender-te." Essa palavra é também dirigida a João Batista e a todos os que, como ele, são chamados a anunciar a verdade com ousadia. O profeta não é um diplomata, mas um sentinela. Ele não negocia a verdade, mesmo diante da ameaça.

João, como Jeremias, foi uma “coluna de ferro”, um “muro de bronze” diante de Herodes. Não se calou diante do adultério do rei, mesmo sabendo que isso poderia custar-lhe a vida. Sua fidelidade à missão profética é um testemunho para todos nós, especialmente para os ministros ordenados e evangelizadores.

O salmista clama: "Minha boca anunciará todos os dias vossa justiça." João Batista viveu esse salmo com a própria vida. Desde o ventre, foi consagrado ao Senhor. Desde jovem, sua voz ecoava no deserto, chamando à conversão. Mesmo preso, sua boca não se calou. E mesmo morto, sua voz continua a ressoar na Igreja como exemplo de fidelidade.

Por fim, o Evangelho de hoje, nos apresenta o triste episódio do martírio de João. Herodes, fraco diante da verdade, cede à vaidade e ao desejo de agradar os convidados. Herodíades, ferida pela denúncia do pecado, maquina a morte do profeta. E a filha, seduzida pela dança e pelo poder, torna-se instrumento de injustiça.

João morre porque foi fiel. Morre porque não negociou a verdade. Morre porque amou mais a vontade de Deus do que a própria vida. Seu martírio é um alerta para todos nós: a verdade incomoda, mas liberta. O pecado pode tentar silenciar a voz profética, mas não pode apagar a luz da verdade.

Hoje, somos chamados a renovar nossa coragem profética. Em tempos de relativismo, onde a verdade é muitas vezes moldada ao gosto do poder, João nos ensina que há valores inegociáveis. Que nossa missão, como ministros e fiéis, seja marcada pela fidelidade ao Evangelho, mesmo quando isso nos custar o conforto, a popularidade ou até mesmo a segurança.

Que São João Batista interceda por nós, para que sejamos profetas da verdade, defensores da justiça e testemunhas da luz.

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