Hoje celebramos com alegria a memória da Bem-aventurada Virgem Maria como Rainha, coroada no céu como Mãe do Rei dos reis. Esta celebração nos convida a contemplar o mistério da realeza de Maria, não como um título de poder terreno, mas como expressão de sua íntima união com o plano salvífico de Deus.
A primeira leitura, do profeta Isaías, nos apresenta uma profecia messiânica que aponta para o nascimento de Jesus. Ele é o “Príncipe da Paz”, o “Maravilhoso Conselheiro”, e seu reinado será eterno. Maria, como Mãe desse Rei, participa de forma singular dessa luz que dissipa as trevas. Ela é a aurora que precede o Sol da Justiça.
O Evangelho de Lucas nos leva ao momento sublime da Anunciação. O anjo Gabriel anuncia a Maria que ela será a Mãe do Salvador. E sua resposta — “Eis aqui a serva do Senhor” — revela o segredo de sua realeza: a humildade. Maria não buscou tronos, mas se fez serva. E por isso, Deus a exaltou.
O Salmo 112 canta essa exaltação divina: “Levanta da poeira o indigente e do lixo ele retira o pobrezinho”. Maria é modelo dessa elevação: uma jovem simples de Nazaré, escolhida para ser Mãe de Deus e Rainha do Céu.
Celebrar Maria como Rainha é reconhecer que sua autoridade vem do amor e do serviço. Ela intercede por nós, guia-nos como Mãe, e nos ensina a viver como discípulos fiéis. Sua coroa é feita de obediência, fé e entrega total ao projeto de Deus.
Hoje somos convidados a olhar para Maria e aprender com ela: primeiro, a confiar mesmo diante do mistério, segundo, a dizer “sim” ao chamado de Deus, e também, a servir com alegria, mesmo sem compreender tudo.
Se Maria é Rainha, nós somos seus súditos — mas não por imposição, e sim por amor. Ela nos conduz ao seu Filho, o verdadeiro Rei, e nos ensina que a verdadeira grandeza está em fazer a vontade do Pai.
Que Maria, Rainha do Céu, interceda por nós, para que sejamos fiéis ao Reino de seu Filho e vivamos como filhos da luz. Amém.