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São Lourenço – Testemunho de Fogo e Fé
São Lourenço viveu no século III, em Roma, e foi um dos sete diáconos da Igreja local, encarregado de administrar os bens da comunidade e cuidar dos pobres. Em tempos de perseguição, quando o Papa Sisto II foi martirizado, Lourenço recebeu a ordem de entregar os tesouros da Igreja ao império. Com coragem e fé, apresentou os pobres, os doentes e os marginalizados, dizendo:
“Estes são os verdadeiros tesouros da Igreja.”
Essa resposta não foi apenas ousada — foi profundamente evangélica. Lourenço compreendia que o coração da Igreja está nos pequenos, nos esquecidos, nos que mais precisam. Por isso, foi condenado à morte, sofrendo o martírio com serenidade e até humor, segundo a tradição, dizendo aos seus algozes enquanto era queimado:
“Podem me virar, este lado já está assado.”
Seu testemunho permanece vivo como símbolo de fidelidade, serviço e amor radical a Cristo e à Igreja.
O Diácono Permanente – Servo de Duas Vocações
Inspirados por São Lourenço, os diáconos permanentes vivem uma vocação dupla e profundamente bela: são homens casados, dedicados à sua família, e, ao mesmo tempo, ordenados ministros da Igreja, consagrados ao serviço.
Essa realidade exige equilíbrio, entrega e espiritualidade madura. O diácono é chamado a ser ponte entre o altar e o cotidiano, entre a celebração litúrgica e a vida concreta das pessoas. Ele proclama o Evangelho, serve na caridade, acompanha os que sofrem, batiza, assiste e abençoa matrimônios, preside exéquias, e sobretudo, vive o Evangelho no coração da família e da comunidade.
A presença do diácono na Igreja é sinal visível de que o serviço é caminho de santidade. Ele não é apenas um colaborador do padre — é um ministro ordenado, com identidade própria, que enriquece a vida eclesial com sua experiência de esposo, pai, trabalhador e servidor.
Um ministério que floresce no cotidiano
O ministério diaconal não se vive apenas nos momentos litúrgicos, mas no dia a dia:
- No cuidado com a esposa e os filhos
- No testemunho no ambiente de trabalho
- Na escuta dos que sofrem
- Na presença junto aos pobres e excluídos
- Na formação dos fiéis e no anúncio da Palavra
Cada gesto, cada visita, cada palavra proclamada é expressão do amor de Cristo que o diácono é chamado a tornar presente.
Um chamado à Igreja
Neste Dia do Diácono, a Igreja é convidada a reconhecer e valorizar esses homens que, como São Lourenço, entregam sua vida com generosidade. Que as comunidades acolham, apoiem e rezem por seus diáconos. Que os seminaristas e jovens casados se inspirem nesse caminho de serviço. E que os próprios diáconos se sintam renovados em sua missão, certos de que Deus os chamou para algo grande e belo.
Que São Lourenço, com sua coragem e amor pelos pobres, seja modelo para todos os diáconos. Que ele interceda por cada um, fortalecendo-os na missão de servir com alegria, fidelidade e humildade. Que os diáconos sejam sempre homens de oração, de família e de Igreja — verdadeiros sinais do Cristo Servo no mundo.
Feliz Dia do Diácono! Que São Lourenço os inspire e proteja sempre.