segunda-feira, 11 de agosto de 2025

A Parábola da Casa com Duas Varandas (Diác. Evanoel Fernandes)

Havia um senhor muito respeitado que construiu uma grande casa sobre a rocha. A casa tinha duas varandas — uma voltada para o sol e outra para a sombra. Ambas faziam parte da mesma estrutura, sustentadas pelos mesmos pilares, mas a varanda do sol era mais vista, mais elogiada, mais celebrada.

O senhor criou filhos para cuidar da casa. Uns ele colocou na varanda do sol, outros na da sombra. Todos receberam o sopro do mesmo espírito, todos aprenderam a mesma canção, todos foram ungidos com a mesma promessa de serviço.

Mas, com o tempo, os filhos da varanda do sol começaram a se julgar mais importantes. Tinham melhor lugar à mesa, usavam vestes mais bonitas, e suas palavras eram mais escutadas. Os da varanda da sombra, embora firmes no mesmo alicerce, começaram a sentir-se como se fossem apenas ajudantes, suportes, esquecidos.

O senhor da casa envelheceu, e antes de partir, reuniu todos os filhos e disse:

Que tolice essa divisão que criaram! Não há varanda nobre nem varanda serva. A casa só se sustenta porque ambas existem. Esqueceram que o sopro que receberam veio do mesmo fôlego? Que o nome escrito sobre suas testas é o mesmo? Um serve com a palavra, o outro com as mãos, mas ambos foram lavados na mesma fonte.

Os filhos se entreolharam. O silêncio caiu sobre a casa. E então, um dos que vivia na varanda do sol, tomou a mão do outro e disse:

Caminhemos juntos. A casa é grande demais para ser cuidada sozinho.

E a partir daquele dia, os filhos se sentaram juntos, partilharam a mesa, serviram com alegria e descobriram que o verdadeiro brilho não vinha do sol nem da sombra, mas da luz que nascia da comunhão.

Moral da História

Assim também é entre os que servem a Casa de Deus. Os que foram chamados ao ministério não devem se ver como superiores ou inferiores, mas como irmãos de missão, sustentando juntos o mesmo templo vivo. A Igreja não é palco de destaque, mas chão sagrado onde cada clérigo, seja da palavra ou do serviço, é indispensável. Quando há comunhão entre os que foram ungidos, a casa resplandece. Quando há divisão, até o altar se entristece.

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