Meus irmãos e irmãs, reunidos nesta quinta-feira, o Senhor nos convida a um encontro transformador. As leituras de hoje nos colocam diante do mistério da revelação divina, do louvor que brota da fé e da graça de enxergar os sinais do Reino. Que esta celebração reacenda em nós o desejo de subir ao monte da presença de Deus, acolher Sua Palavra e viver com olhos e ouvidos atentos à Sua ação em nossa vida.
Na primeira leitura, retirada do Livro do Êxodo, o povo de Israel chega ao deserto do Sinai, onde Deus se manifesta com majestade: trovões, relâmpagos, nuvem espessa, som de trombetas. É um momento de preparação e santificação, pois o Senhor vai descer sobre a montanha. Essa cena nos lembra que a revelação divina exige reverência, purificação e abertura do coração. Deus não é distante, mas também não é banal. Ele se aproxima, mas pede que estejamos prontos.
O salmo de hoje é o cântico dos três jovens da fornalha, é um hino de louvor que atravessa o tempo. Cada estrofe exalta a glória de Deus em diferentes aspectos: no templo, no trono, nas profundezas, no firmamento. Louvar a Deus é reconhecer sua presença em tudo, mesmo nas provações.
E no Evangelho de Mateus, Jesus explica por que fala em parábolas: para revelar os mistérios do Reino aos que têm o coração aberto. Ele cita Isaías, mostrando que muitos veem, mas não enxergam; ouvem, mas não escutam. A revelação de Deus não é apenas intelectual — é espiritual. É preciso querer ver, querer ouvir, querer compreender.
Que esta quinta-feira seja um dia de subida ao monte, de escuta profunda e de louvor sincero. Que o Senhor nos encontre prontos para acolher sua presença e viver os mistérios do Reino com alegria e fé.