Agentes da educação católica na Costa do Marfim |
Na quarta-feira, 25 de setembro de 2024, Dom Jacques Assanvo Ahiwa, Presidente da Comissão Episcopal para a Educação Católica na Costa do Marfim, abriu solenemente o Ano Letivo 2024-2025 nas escolas católicas do país. A abertura foi feita durante uma missa celebrada no centro diocesano de Yamoussoukro. O tema deste ano é “Não à droga, construir uma escola de qualidade em Cristo”.
Por Marcel Ariston Blé - Abidjan
A educação católica na Costa do Marfim quer fazer face ao problema crescente da droga nas escolas. O Arcebispo de Bouaké, Dom Jacques Assanvo Ahiwa, responsável pelas escolas católicas, apelou aos intervenientes no sistema educativo católico para que procurem Deus e se mantenham fiéis a Ele. “Esta é a nossa missão, esta é a fonte da nossa felicidade. Somos chamados a proclamar o reino da justiça, da paz e do amor, mas também a ajudar as escolas a libertarem-se da droga e de tudo o que impede o coração das nossas crianças de ir ao encontro de Deus”, declarou.
Uma semana nacional contra a droga
Perante a crescente comercialização e consumo de drogas nas escolas da Costa do Marfim e nas suas imediações, os bispos marfinenses, depois de se terem referido a este facto na sua carta pastoral “A educação ao serviço do desenvolvimento humano e integral na Costa do Marfim”, publicada a 29 de janeiro de 2023, decidiram organizar uma “Semana Nacional de Luta contra a Droga”, anunciou Dom Ahiwa. Sublinhando, perante o seu auditório, a urgência desta ação, o prelado exortou cada diocese e cada escola a trabalhar seriamente para garantir que essa luta tenha um impacto positivo na qualidade das escolas da Costa do Marfim.
Envolvimento da Igreja na erradicação das drogas nas escolas
O bispo deseja envolver não só a comunidade educativa católica, mas também toda a Igreja local da Costa do Marfim nos esforços de erradicação do consumo de drogas nas escolas. A organização da segunda peregrinação nacional do pessoal educativo católico, de 6 a 7 de dezembro de 2024, à Basílica de Nossa Senhora da Paz, em Yamoussoukro, será uma grande oportunidade para os agentes educativos confiarem à Virgem Maria todos os problemas das escolas do país, especialmente o fenómeno da droga. “O professor católico deve ser um amigo de Jesus. Esta peregrinação é uma oportunidade para levar à Virgem Maria os desejos e as preocupações do nosso sistema educativo, para que Ela nos ajude, por sua intercessão, a encontrar soluções”, afirmou o Bispo.
Continuar a lutar pela excelência nas escolas católicas
Ao fazer o balanço do ano letivo passado, o Arcebispo Metropolitano de Bouaké regozijou-se com os excelentes resultados obtidos pelas escolas católicas, que, segundo ele, são o resultado da abnegação e do sentido de responsabilidade de todos os intervenientes, com o rigor, a disciplina e o amor ao trabalho bem feito que caracterizam as escolas católicas. “O ensino católico ocupa um lugar muito bom no sistema educativo nacional, em relação ao ano letivo de 2023-2024. Os resultados dos exames nos níveis elementares (CEPE) e de primeiro ciclo (BEPC) subiram, mas infelizmente, registou-se uma ligeira descida a nível da conclusão dos liceus (BAC), afirmou o prelado responsável pelas escolas católicas.
Para o ano letivo em curso, Dom Jacques Assanvo Ahiwa apelou a todos os agentes do ensino católico para redobrarem os esforços no sentido de responderem, em primeiro lugar ao desafio do BAC. “Se conseguirmos bons resultados ao longo do curso, esses resultados devem também fazer-se sentir no final do curso dos alunos”.
No que diz respeito à vida da Associação Nacional das Escolas Católicas da Costa do Marfim (ANEC-CI), D. Ahiwa convidou também os secretários executivos diocesanos da Educação Católica (SEDEC) a prosseguirem “os esforços para formalizar o estatuto jurídico dos estabelecimentos, condição prévia para qualquer ato administrativo; a constituição de conselhos de administração; a contabilidade regular de acordo com o novo sistema contabilístico das associações, etc.”.