A Rede Eclesial Pan-amazônica (REPAM) divulgou o primeiro vídeo de uma série sobre Ministerialidade e Diaconia da Mulher na Igreja Amazônica. A produção é resultado de um estudo realizado nos últimos dois anos, voltado a refletir, visibilizar e propor sobre a diaconia e ministérios instituídos das mulheres na Amazônia.
A iniciativa foi promovida pela Comissão de trabalho “Ministerialidade e Diaconia”, animada pelas religiosas irmã Maria Los Angeles Tejo Marco e irmã Círia Mees, e as leigas Dorismeire Almeida de Vasconcelos e Serena Nocetti.
No estudo e reflexão, participaram animadoras de comunidades, catequistas, leitoras, acólitas, ministras da Palavra e ministras extraordinária da Eucaristia e lideranças atuante na dimensão sociopastoral das mulheres na Amazônia, a partir de uma ampla visão dos dons, serviços e carismas e das experiências concretas realizados pelas mulheres na Igreja da Pan-Amazônia, a fim de ajudar a avançar na compreensão e reconhecimento desses ministérios já exercidos na realidade amazônica.
“É um sonho realizado, que está sendo fomentado junto com o Núcleo “Mulheres, Novos Ministérios, Serviços e Carismas” da Conferência Eclesial da Amazônia – CEAMA. Queremos promover o aprofundamento e reconhecimento dos serviços e carismas das mulheres na vida da Igreja, a fim de encorajar, animar, mobilizar e apoiar novos ministérios que contribuam para a missão pastoral da Igreja na Amazónia”, anunciou a REPAM.
Ministerialidade e Diaconia
A série de vídeos busca refletir sobre o que consiste o diaconado da mulher, e o serviço exercido na Igreja, atual e historicamente, nas primeiras comunidades. No primeiro vídeo, Serena Noceti, teóloga italiana, compartilha sobre o diaconado feminino, aprofundando o tema de forma teórica e teológica.
A leiga da diocese do Xingu-Altamira, no Pará, Dorismeire Vasconcelos, partilha experiência de dedicação ao serviço pastoral. Na Igreja particular, são apenas 21 padres, 37 religiosas e cinco religiosos num território com 247.501 católicos, em uma área de 361.981 km².
“Se não somos nós mulheres leigas e religiosas nas mais de 607 comunidade eclesiais de base – sendo 515 comunidades rurais e ribeirinhas, e apenas 93 comunidades em áreas urbanas – a Igreja do Xingu, como disse o Papa Francisco na exortação Querida Amazônia, já teria desmoronado”, ressalta Dorismeire.