Hoje, a Palavra de Deus nos convida a refletir sobre a reconciliação, a fidelidade e a verdadeira liberdade que encontramos em Cristo. São Paulo, na carta aos Colossenses, nos recorda que outrora estávamos afastados de Deus, inimigos por causa de nossas obras más, mas agora fomos reconciliados pela morte de Cristo. Essa reconciliação não é apenas um gesto de misericórdia, mas um chamado à perseverança: “permanecei firmes na fé, bem fundamentados, inabaláveis na esperança do Evangelho”.
A reconciliação com Deus não é um evento isolado, mas um caminho contínuo. Somos chamados a viver como reconciliados, como quem foi resgatado e agora caminha com gratidão e fidelidade. Isso exige vigilância, oração e compromisso com o Evangelho.
O Salmo de hoje é um clamor de confiança: “Quem me protege e me ampara é meu Deus; é o Senhor quem sustenta minha vida”. Em meio às tribulações, perseguições e desafios, o salmista não se desespera, mas se volta ao Senhor como seu refúgio. Essa confiança é fruto da experiência de quem sabe que Deus não abandona os seus.
E no Evangelho de Lucas, Jesus e seus discípulos estão caminhando num sábado e, ao colherem espigas para comer, são criticados pelos fariseus por violarem a Lei. A resposta de Jesus é profunda: Ele recorda o episódio de Davi, que também agiu fora da norma legal por necessidade, e conclui com uma afirmação poderosa: “O Filho do Homem é senhor também do sábado”.
Enfim, a Lei existe para servir à vida, não para escravizá-la. Jesus não despreza o sábado, mas revela que a verdadeira observância da Lei está no amor, na misericórdia e na liberdade que vem de Deus. Quando colocamos regras acima da dignidade humana, perdemos o sentido da fé. Cristo nos ensina que a caridade é o critério supremo da Lei.
Que o Senhor, que é o verdadeiro Senhor do sábado, nos ensine a viver com liberdade, fidelidade e amor. Que nossa vida seja um testemunho da reconciliação que recebemos e da esperança que professamos. Amém.