sábado, 9 de agosto de 2025

19º Domingo do Tempo Comum, Ano C



Queridos irmãos e irmãs, neste 19º Domingo do Tempo Comum, somos convidados a renovar nossa fé e nossa vigilância diante do Senhor que vem. As leituras nos falam de confiança, de esperança ativa, e da prontidão que deve marcar a vida cristã.

Neste dia, celebramos também a festa de São Lourenço, diácono e mártir, padroeiro dos diáconos. Ele viveu com coragem e fidelidade o serviço à Igreja, especialmente aos pobres, e entregou sua vida com alegria, dizendo: “Estes são os tesouros da Igreja”, ao apresentar os pobres e doentes aos perseguidores.

Que o testemunho de São Lourenço inspire todos os ministros da Igreja, especialmente os diáconos, a viverem com ardor o serviço do altar, da Palavra e da caridade. E que todos nós, como povo de Deus, sejamos vigilantes e generosos, confiando na promessa do Reino.

Na primeira leitura, o autor sagrado recorda a noite da libertação do Egito, quando o povo de Israel, sustentado pela fé na promessa de Deus, celebrou antecipadamente sua vitória. Essa memória é mais que história: é testemunho da fidelidade divina e da confiança que deve habitar o coração dos que esperam no Senhor.

“Os santos filhos dos bons ofereceram sacrifícios escondidos e estabeleceram unanimemente esta lei divina: que os santos participassem igualmente dos bens e dos perigos.”

Essa comunhão na esperança e na luta é um convite para que também nós vivamos como povo unido, sustentado pela fé.

Hoje, o salmista canta a justiça e a bondade do Senhor, que vela por aqueles que o temem e esperam em seu amor. A confiança no Senhor é fonte de alegria e segurança.

“Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança!”

Somos esse povo escolhido, chamado a viver com os olhos fixos no Senhor, mesmo em meio às incertezas da vida.

A segunda leitura de hoje é retirada da carta aos Hebreus, que nos oferece uma verdadeira catequese sobre a fé. Fé é caminhar sem ver, mas confiando. Abraão é o grande exemplo: deixou tudo, partiu sem saber para onde ia, acreditou na promessa de uma descendência mesmo quando tudo parecia impossível.

“A fé é um modo de já possuir o que se espera, um meio de conhecer realidades que não se veem.”

Essa fé é ativa, dinâmica, exige entrega e perseverança. Não é acomodação, mas movimento constante rumo à promessa.

Por fim, temos o Evangelho de Lucas, onde Jesus nos convida à vigilância e à confiança. “Não tenhais medo, pequeno rebanho!” – com essa frase, Ele nos consola e nos encoraja. O Reino é dom, mas também responsabilidade. Somos chamados a estar com os rins cingidos e as lâmpadas acesas, como servos que aguardam o Senhor.

“Felizes os empregados que o senhor encontrar acordados quando chegar!”

A vigilância cristã não é medo, mas amor atento. É viver cada dia como quem espera o Senhor, com alegria e dedicação. E Jesus nos lembra: a quem muito foi dado, muito será pedido. Somos administradores dos dons de Deus – nossa fé, nossa comunidade, nosso tempo, nossos talentos.

Concluímos dizendo que, como Abraão, somos chamados a confiar mesmo quando não vemos, como os israelitas, devemos viver em comunhão e esperança, e como os servos vigilantes, precisamos estar atentos, vivendo com responsabilidade e amor.

A fé não é fuga da realidade, mas força para enfrentá-la. Que este domingo nos renove na confiança, na vigilância e na alegria de sermos servos do Reino.

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