quarta-feira, 16 de julho de 2025

Santa Sé: saúde e educação se desenvolvem olhando a pessoa, não as ideologias

Arcebispo Caccia nas Nações Unidas (Vatican Media)

O representante da Santa Sé na ONU em Nova York, dom Gabriele Caccia, discursou duas vezes no Fórum Político de Alto Nível sobre desenvolvimento sustentável: "políticas integradas" são necessárias para promover a igualdade de gênero e a emancipação das mulheres


Por Vatican News

Alcançar saúde e bem-estar para todos, promover a igualdade de gênero e a emancipação das mulheres: estes são dois objetivos fundamentais da Agenda 2030, que, segundo a Santa Sé, exigem uma abordagem centrada na pessoa e nos relacionamentos, e não em meras agendas ideológicas. O arcebispo Gabriele Caccia, observador permanente da Santa Sé junto às Nações Unidas em Nova York, reiterou isso durante suas intervenções nos dias 14 e 15 de julho, em duas sessões do Fórum Político de Alto Nível, dedicadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 3 e 5, respectivamente.

O direito à saúde


Falando sobre o direito à saúde, o arcebispo lembrou que "saúde não é simplesmente a ausência de doença, mas um estado holístico de bem-estar físico, psicológico, social, espiritual e emocional". A saúde, enfatizou, "é uma parte vital do desenvolvimento humano integral". No entanto, dom Caccia observou que "o progresso em direção ao alcance do ODS 3 permanece desigual". As disparidades continuam profundas: "Milhões de pessoas ainda não têm acesso a cuidados básicos de saúde", as taxas de mortalidade materna estão estagnadas e muitos sofrimentos relacionados à saúde mental "permanecem invisíveis". Para enfrentar esses obstáculos são necessárias "políticas integradas" que reconheçam a interdependência entre a saúde e outros objetivos, como o combate à pobreza, a nutrição, a educação, a água e o saneamento e o financiamento para o desenvolvimento. Acima de tudo, enfatizou Caccia, a saúde deve ser garantida "aos membros mais vulneráveis da família humana: os nascituros, as crianças, os idosos, as pessoas com deficiência, os migrantes e aqueles que vivem em zonas de conflito".

A família como lugar originário das relações


E precisamente da dignidade humana, igual e "inalienável", falou dom Caccia em seu segundo discurso, citando a declaração Dignitas infinita do Dicastério para a Doutrina da Fé. A plena igualdade, disse ele, requer mais do que um mero reconhecimento formal: requer "condições que permitam o desenvolvimento integral das mulheres", como o acesso à educação de qualidade, à saúde, ao trabalho decente e à vida pública. Em seguida, ele alertou contra uma visão individualista e utilitarista do papel feminino: "As mulheres não devem ser reduzidas a instrumentos de agendas econômicas ou políticas". Em vez disso, precisamos valorizar "a complementaridade entre homens e mulheres" e reconhecer a família como o lugar original dos relacionamentos. Por isso, concluiu, as políticas de gênero devem "apoiar e proteger as famílias, a maternidade e a genitorialidade", juntamente com a promoção da igualdade.


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