O mês de julho é marcado como o Mês de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas em todo o mundo, nos lembra o bispo de Tubarão (SC) e presidente da Comissão Episcopal Especial de Enfrentamento ao Tráfico Humano da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Adilson Pedro Bussin. O presidente da comissão faz um chamado a comunicar e participar “na sua comunidade, pessoalmente”, algo que também pode ser feito “pelos meios de comunicação social que estão aí perto, as mídias”.
O objetivo, segundo dom Adilson Busin é “que tudo aquilo que se refere ao enfrentamento ao tráfico de pessoas, possa ser levado ao conhecimento nas escolas, nas comunidades onde nós celebramos, nos locais também públicos”. Daí a importância de que “sejamos nós também agentes e comunicadores, assumindo esta missão de enfrentamento ao tráfico de pessoas de onde nós estamos para o mundo também ser um mundo melhor, sem esta chaga que nos diz o Papa Francisco”.
O Núcleo de Belo Horizonte (MG) da Rede um Grito pela Vida elaborou um roteiro orante, que tem como título “Cuidado com a vida, prevenção ao tráfico de pessoas” para que ao longo do mês de julho em que se realiza a Campanha do Coração Azul, possa ser refletido, rezado, e assumido um compromisso maior, em vista do 30 de Julho, Dia Mundial de Prevenção ao Tráfico de Pessoas, e a defesa e o cuidado da Dignidade e da Integridade de todas as pessoas.
Acesse o roteiro (aqui)
Não ficar parados
Não podemos esquecer que “homens, mulheres e crianças são comprados e vendidos como escravos pelos novos mercadores de seres humanos”, o que tem que nos levar “a nos colocar diante do Senhor na confiança de que Deus vai nos ajudando a acender as luzes necessárias pelo caminho”. Para isso, foi elaborado o roteiro orante, com uma oração inicial, uma apresentação da realidade, que iluminada pela Palavra de Deus leva à reflexão, partilha e propostas de ação entre os participantes.
Não esqueçamos as palavras do Papa Francisco: “Sabemos que é possível combater o tráfico, mas precisamos chegar à raiz do fenômeno, erradicando as suas causas (…) É um apelo para não ficarmos parados, mobilizarmos todos os nossos recursos na luta contra o tráfico e restituirmos plena dignidade a quantos são vítimas do mesmo. Se fecharmos olhos e ouvidos, se ficarmos inertes, seremos cúmplices”. Tomemos consciência disso, o tráfico de pessoas pode ser combatido, só temos que abrir os olhos e os ouvidos, deixar de sermos cúmplices.