terça-feira, 16 de dezembro de 2025

Quarta-feira da 3ª Semana do Advento


Estamos no coração do Advento, tempo de espera vigilante pelo Senhor que vem. As leituras de hoje nos convidam a contemplar a linhagem messiânica que Deus tece ao longo da história, culminando em Jesus, o Filho de Davi e Filho de Abraão.

No livro do Gênesis, Jacó abençoa seus filhos e profere sobre Judá palavras que ecoam como profecia: "O cetro não se apartará de Judá, nem o bastão de comando de entre seus pés, enquanto vier aquele a quem pertence e a quem obedecerão os povos" (Gn 49,10). Aqui, vemos o surgimento de uma dinastia real. Judá, o quarto filho, recebe a promessa de um rei eterno, cujas mãos dominarão os inimigos e cujo reino alcançará justiça. Não é uma realidade humana passageira, mas uma semente plantada por Deus para florescer no tempo certo.

O Salmo 71 nos apresenta o retrato desse rei ideal: "Ó Deus, dai ao rei o seu juízo, e ao filho do rei a sua justiça. Ele julgará com justiça o seu povo e defenderá os direitos dos seus pobres" (Sl 71,1-2). Imaginemos esse monarca que estende seu domínio “de mar a mar, e do Rio até aos confins da terra” (Sl 71,8). Ele liberta os oprimidos, esmaga os opressores e faz brotar justiça como águas perenes. Irmãos, esse salmo não é mera poesia; é o anseio do povo por um Salvador que reine com misericórdia e retidão.

E então, o Evangelho de Mateus nos leva à genealogia de Jesus: “Livro da genealogia de Jesus Cristo, Filho de Davi, Filho de Abraão” (Mt 1,1). São 42 gerações, de Abraão a Davi, passando por reis, exilados e até mulheres marginais como Tamar, Raab e Rute. Não é uma lista perfeita de heróis; inclui pecadores, pagamentos e falhas humanas. Por quê? Mateus nos mostra que Deus não escolhe os imaculados, mas tece sua salvação no tecido da história real, cheia de altos e baixos. Jesus nasce no fim dessa linhagem como o cumprimento perfeito: o Leão de Judá que traz o cetro eterno, o Rei do Salmo que julga com justiça divina.

Neste Advento, pergunte-se: onde está o "Judá" na sua vida? Talvez em uma fraqueza familiar, em um passado de erros ou em uma espera dolorosa. Deus transforma linhas quebradas em promessas vivas. Jesus vem para nós hoje, não como rei distante, mas como Emanuel, Deus conosco. Ele nos convida a preparar seu caminho: perdoando heranças de dor, buscando justiça nos pobres ao nosso redor e confiando que sua realidade se estende até os limites de nossa existência.

Preparemos o nosso coração para o Natal iminente. Que o cetro de Judá reine em nós, trazendo paz e retidão. Amém.

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