quinta-feira, 18 de dezembro de 2025

Qual é a Bênção Pontifícia que o Papa e os bispos podem conceder?

Antoine Mekary | ALETEIA

A bênção especial costuma ser dada no final da missa, mas pode ser confusa para quem não está familiarizado com ela. Esta é a sua chance de aprender as respostas.

uando o Papa ou um bispo preside ou está presente na Eucaristia, ele pode concluir a Missa com uma bênção especial. Os sacerdotes geralmente terminam a Missa com a seguinte bênção:

  • Que o Senhor esteja convosco.

-Ele está no meio de nós.

  • Que Deus Todo-Poderoso te abençoe,

O Pai, o Filho e o Espírito Santo.

Bênção Pontifícia

O papa, assim como qualquer bispo, pode concluir a missa de uma maneira muito diferente:

Na Missa Pontifícia, o celebrante recebe a mitra e, estendendo as mãos, diz:

  • O Senhor esteja convosco.

-Ele está no meio de nós.

  • Bendito seja o nome do Senhor.
  • Agora e para sempre.
  • Nosso auxílio está no nome do Senhor.

- Que fez o céu e a terra.

Em seguida, o celebrante recebe o báculo pastoral, se o utiliza, e diz:

  • Que Deus Todo-Poderoso te abençoe, o Pai, o Filho e o Espírito Santo.

- Amém.

Essas palavras adicionais são retiradas da Bíblia. Por exemplo, "Bendito seja o nome do Senhor" vem do Salmo 113,2.

Da mesma forma, "O nosso auxílio está no nome do Senhor" é do Salmo 124,8.

Plenitude da Ordem Sagrada

Esta bênção especial recorda como o bispo é consagrado e recebe a plenitude do sacramento da Ordem. Os sacerdotes não estão autorizados a conceder esta bênção.

As bênçãos fazem parte do cristianismo desde o seu início, encontrando suas raízes em diversas passagens bíblicas. A expressão "O Senhor esteja convosco" aparece pela primeira vez no Livro de Rute: "E eis que Boaz veio de Belém e disse aos ceifeiros: 'Ai de vós, e de vós, que o Senhor esteja convosco ...Que o Senhor esteja contigo! E eles responderam: “O Senhor te abençoe” (Rute 2,4).

Segundo Christopher Carstens em Corpo Místico, Voz Mística: Encontrando Cristo nas Palavras da Missa, “a saudação é  do proprietário Boaz aos seus ceifeiros... É uma saudação àqueles que colhem o seu pão de cada dia trabalhando no campo, uma saudação a peregrinos como Rute, que vivem da terra enquanto passam por ali. Era usado pelos hebreus em ocasiões cotidianas para expressar bons votos em nome do Senhor."

A expressão adquiriu um simbolismo ainda maior quando foi adotada pelos primeiros cristãos e usada no contexto da missa, onde o verdadeiro "pão nosso de cada dia" é apresentado no altar.

Além disso, uma versão mais longa da frase pode ser encontrada nas cartas de São Paulo. Por exemplo, em 2 Coríntios, Paulo escreve: "A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vocês" (2 Coríntios 13:14). Paulo abrevia a frase em sua Segunda Carta a Timóteo, onde escreve: "O Senhor esteja com o teu espírito. A graça esteja contigo" (2 Timóteo 4,22).

Com o crescimento da Igreja, ela reuniu todas essas bênçãos, tornando-as parte da liturgia e do ministério de seus sacerdotes.

Fonte da informação

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