Olá, povo de Deus, paz e bem para vocês também!
Hoje celebramos com alegria a memória dos santos apóstolos Simão e Judas, homens simples, mas escolhidos por Cristo para serem colunas da Igreja. A liturgia nos convida a contemplar o mistério da comunhão e da missão, que são dons e tarefas confiadas a todos os batizados.
Na primeira leitura, São Paulo nos recorda que já não somos estrangeiros, mas membros da família de Deus. Essa é uma afirmação poderosa: pertencemos à casa de Deus, edificados sobre o alicerce dos apóstolos e profetas, tendo Cristo como pedra angular. Simão e Judas, cuja festa celebramos, são parte desse fundamento. Eles não deixaram grandes escritos, mas deixaram algo ainda mais precioso: o testemunho da fé vivida até o martírio.
A Igreja é construída sobre homens e mulheres que, como eles, disseram “sim” ao chamado de Jesus. E nós, hoje, somos convidados a renovar esse “sim”, conscientes de que também somos pedras vivas na construção do Reino.
O Evangelho nos mostra Jesus em profunda comunhão com o Pai antes de escolher os Doze. Essa cena nos ensina que toda missão nasce da oração. Simão, chamado “o Zelota”, e Judas Tadeu, que perguntou a Jesus na Última Ceia por que se manifestava apenas aos discípulos, foram escolhidos após essa noite de oração.
A missão não é fruto de estratégia humana, mas de discernimento espiritual. E isso vale para todos nós: pais, catequistas, ministros, diáconos, sacerdotes. Antes de qualquer decisão, é preciso rezar. A oração nos sintoniza com o coração de Deus e nos capacita a ouvir o seu chamado.
O salmo nos lembra que a Palavra de Deus se espalha como o sol que percorre o céu. Simão e Judas foram instrumentos dessa luz. Judas, especialmente, é conhecido como o santo das causas impossíveis. E talvez seja por isso que tantos recorrem a ele: porque sua vida foi um testemunho de esperança contra toda desesperança.
Hoje, somos chamados a ser como eles: luzes que ressoam a Palavra, mesmo em tempos difíceis. Que nossa vida seja um eco da presença de Cristo no mundo.
Celebrar Simão e Judas é celebrar a fidelidade silenciosa, o serviço escondido, a coragem da fé. Que eles intercedam por nós, para que sejamos pedras vivas na Igreja, firmes na oração, generosos na missão e perseverantes na esperança.
Santos Simão e Judas, rogai por nós.
Assim seja!

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