Olá, povo de Deus, paz e bem para vocês também!
A liturgia de hoje nos convida a refletir sobre a verdadeira atitude que agrada a Deus: a humildade. Em um mundo que valoriza aparências, status e autossuficiência, a Palavra de Deus nos mostra que o Senhor se inclina para os corações simples, quebrantados e sinceros. Somos chamados a olhar para dentro de nós e perguntar: como temos nos apresentado diante de Deus? Com orgulho ou com humildade? Com autoconfiança ou com confiança na misericórdia divina? As leituras deste domingo nos conduzem por esse caminho de conversão interior, mostrando que a oração que sobe ao céu é aquela que nasce do coração contrito. Que o Espírito Santo nos ilumine para acolher essa mensagem com fé e deixá-la transformar nossa vida.
A primeira leitura do livro do Eclesiástico nos revela uma verdade fundamental: Deus não faz acepção de pessoas, mas escuta o clamor dos pobres, dos órfãos e das viúvas. O Senhor é justo, mas também é compassivo. Ele não se deixa corromper por aparências ou status, mas se inclina para aquele que o busca com coração sincero.
Essa mensagem ecoa fortemente no Salmo responsorial: “O pobre clama e Deus o escuta”. O salmista nos convida a louvar o Senhor, porque Ele está próximo dos corações atribulados e salva os que têm o espírito abatido.
Na segunda leitura, São Paulo, já próximo do fim de sua vida, faz um balanço de sua missão: “Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé.” Mesmo diante do abandono e das dificuldades, ele reconhece que o Senhor esteve ao seu lado e o fortaleceu. Essa atitude de Paulo nos inspira a viver com fidelidade, mesmo quando nos sentimos sozinhos ou incompreendidos. A coroa da justiça está reservada não apenas para ele, mas para todos os que aguardam com amor a volta do Senhor.
E no Evangelho, Jesus nos apresenta a parábola do fariseu e do publicano. Ambos sobem ao templo para rezar, mas apenas um sai justificado: o publicano. E por quê, apenas o publicando sai justificado? Vejamos: o fariseu se apresenta diante de Deus com orgulho, vangloriando-se de suas obras e desprezando os outros. Já o publicano, consciente de sua condição de pecador, apenas pede: “Meu Deus, tem piedade de mim, que sou pecador!” Essa parábola é um convite à humildade. Deus não rejeita o pecador arrependido, mas resiste ao soberbo. A oração verdadeira nasce do reconhecimento da nossa pequenez e da confiança na misericórdia divina.
Hoje, somos chamados a cultivar a humildade, reconhecendo nossas limitações e confiando na misericórdia de Deus, sendo assim, devemos evitar o julgamento e o desprezo pelos outros, pois só Deus conhece o nosso coração. Saibamos que, a oração sincera e humilde é sempre escutada por Deus e como Paulo, sejamos perseverantes na fé, certos de que o Senhor nunca nos abandona.
Enfim, peçamos ao Senhor que nos conceda um coração humilde, capaz de reconhecer nossa necessidade de salvação. Que nossa oração seja como a do publicano: simples, verdadeira e cheia de confiança. E que, como Paulo, possamos chegar ao fim da nossa jornada com a certeza de termos guardado a fé. Que o Senhor nos fortaleça e nos conduza à justificação, não pelas nossas obras, mas pela sua infinita misericórdia.
Assim seja!

.png)