segunda-feira, 22 de setembro de 2025

O MAL JAMAIS TRIUNFARÁ (artigo do Diác. Paulo Gabriel)


Iniciando o seu pontificado, o Papa Leão XIV falou em seu primeiro discurso aos fiéis da Praça de São Pedro, logo após a sua eleição ele nos disse que “Deus ama a todos e que o mal não pode ter vitória”. Esta temática bíblica encontra-se no livro da Sabedoria Cf. Sb 7,22 onde se diz que, comparada à luz, a Sabedoria tem a primazia, e "ao passo que, contra a Sabedoria o mal não prevalece”, e ainda que “nada do que é contaminado nela se infiltra” e que “entrando nas almas santas forma os amigos de Deus e os profetas”. Os maus não herdarão o Reide dos Céus.

O Magistério da Igreja, em sua Profissão de Fé nos deu o conhecimento da Vida Eterna Cf. CIC &1020 a 1050, aqueles que nada havia para purificar entram na Glória Eterna, ou aqueles que já purificaram “estão no Céu”, os concílios de Florença e de Trento nos deram as definições mais precisas da Vida Eterna. Os maus e que “morreram em pecado mortal sem ter-se arrependido ficam separado do Todo-Poderoso para sempre”.

“Antes do advento de Cristo, a Igreja deve passar por uma provação final que abalará a fé de muitos crentes”, pois o ministério da iniquidade estará no auge de seu desespero, e o inimigo de Deus estará como um leão querendo devorar o máximo de almas para ele. Cf. CIC & 675.

Para os homens e mulheres de bem não há maior alegria e poder do que servir a Deus, como nos diz São Luís Maria Grignion de Montfort no Tratado da Verdadeira Devoção “na Terra não se pode conceber ofício mais elevado que o serviço de Deus, e o menor dos servos é mais rico, mais poderoso e mais nobre que todos os reis e imperadores do mundo, se estes não servem a Deus”. A Mãe Santíssima é o caminho maia certo para se chegar ao Filho, eis porque São Carlo Acutis dizia que seus três amores brancos eram o branco da Eucaristia, da Virgem Maria e do Ancião de Roma, por quem somos obrigados a rezar para que Deus o ajude na condução do Ministério Petrino.

Em um clássico da literatura inglesa “Paraíso perdido”, Milton (2025, p. 12) afirma que “quando vista por si só, a rebeldia de Satã é egoísta, ardilosa, inescrupulosa. Deseja para si e para ninguém mais as glórias de Deus; ilude os companheiros, conclamando-os repetidas vezes a batalha malfadada contra os céus”, o mal por si só já nasceu derrotado e não prevalecerá. Afirma ainda o mesmo autor que “o ser de Satã é apura destruição”.

Somos “chamados a salvação pela fé em Jesus Cristo, luz verdadeira que a todo homem ilumina”, nos dizia São João Paulo II em sua Carta Encíclica VS, e que nos santificamos pela obediência a verdade.

Uma das fontes do mal da contemporaneidade é a ganância pelo poder que corrompe a todos os que a buscam, os levam pelo caminho largo e já não conseguem alcançar a porta estreitada salvação. Ratzinger (2011, p. 18) nos lembra que o poder de Jesus era diferente, “o seu poder é de caráter diferente; é na pobreza de Deus, na paz de Deus que Ele individualiza o único poder salvador”. Sempre haverá maldade no mundo, mas Deus pode tirar do mal um bem, nos ensina Santo Agostinho com sua vida e obra, e também nos mostra Ratzinger (2011, p. 141), “no jardim acontece a traição, mas o jardim é também o lugar da ressurreição. Foi a ganância por poder que levaram Anás e Caifás a condenar o Filho de Deus.

De tanta maldade Jesus cai com o rosto por terra, mas é uma posição que sempre nos lembramos na Sexta-Feira Santa e nas Ordenações. “O martírio não pode ser suportado senão através da oração” confirma Ratzinger (2011, p. 144).

Certamente que condenar uma alma não agrada a Deus, que faz de tudo para salvá-la, conforme nos diz o Padre Arminjon (2011, p.185) “se Deus fosse suscetível de sofre, nenhuma angústia seria comparável à do seu coração quando obrigado a condenar uma alma”.

SALVE MARIA SANTÍSSIMA!



REFERÊNCIAS:

ARMINJON, Charles. Do fim do mundo, dos sinais que o precederão. Osasco – SP: Domine, 2021.

CIC. Catecismo da Igreja Católica. São Paulo: Edições Loyola, 2006.

MILTON, John. Paraíso perdido. São Paulo: Martin Claret, 2025.

MONTFORT, São Luís Maria Grignion de. Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem. São Paulo: Paulus, 2010.

VS – VERITATIS SPLENDOR. Carta Encíclica. JOÃO PAULO II. Cidade do Vaticano: Paulinas, 1993. RATZINGER, Joseph. BENTO XVI, Papa. Jesus de Nazaré: da entrada em Jerusalém até a ressurreição. São Paulo: Editora Planeta do Brasil, 2011.

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