sábado, 30 de agosto de 2025

22º Domingo do Tempo Comum


Neste domingo, a liturgia nos convida a mergulhar em duas virtudes fundamentais para quem deseja viver segundo o coração de Deus: a humildade e a gratuidade. São valores que não apenas moldam nossa relação com o próximo, mas também revelam nossa disposição interior diante do Senhor.

Na primeira leitura, o autor sagrado nos exorta com ternura: “Filho, realiza teus trabalhos com mansidão”. A humildade aqui não é sinônimo de inferioridade, mas de sabedoria. É reconhecer com simplicidade o nosso lugar no mundo, sem arrogância, sem pretensões. O humilde é aquele que sabe que tudo o que tem é dom, e por isso vive com gratidão e serviço.

O salmista canta a ação de Deus que “prepara casa para os desamparados” e “liberta os cativos”. Deus é o defensor dos humildes, dos esquecidos, dos que não têm voz. Louvar a Deus é também assumir o compromisso de ser instrumento da sua justiça e misericórdia.

Na segunda leitura, retirada da Carta aos Hebreus, nos lembra que não estamos mais diante de um Deus distante e temido, como no Sinai, mas sim diante de um Deus próximo, que nos acolhe em Jesus. Essa proximidade exige de nós uma resposta: viver como cidadãos do Reino, com atitudes que refletem essa comunhão – humildade, simplicidade, amor e serviço.

Por fim, no Evangelho, Jesus, ao observar os convidados disputando os primeiros lugares num banquete, nos ensina algo profundo: “Quem se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado”. O Reino de Deus não é conquistado por status ou prestígio, mas por quem se coloca no último lugar, por quem serve sem esperar recompensa. E Ele vai além: “Quando deres uma festa, convida os pobres, os aleijados, os coxos, os cegos”. É a lógica da gratuidade – dar sem esperar retorno, amar sem calcular, servir sem buscar reconhecimento.

A humildade e a gratuidade não são apenas virtudes morais, mas são o caminho para participar do Banquete do Reino. Que possamos, como comunidade, viver esses valores e testemunhar o amor de Deus no mundo, e que o Senhor nos conceda um coração humilde e generoso. Amém.

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