"A questão é saber se e como o desenvolvimento da inteligência artificial na comunicação pode ajudar-nos a tornarmo-nos mais humanos": esta é a proposta de reflexão do prefeito do Dicastério para a Comunicação, Dr. Paolo Ruffini, que participa de evento na Índia
Vatican News
Promover um uso responsável da tecnologia, das redes sociais e da inteligência artificial para servir a missão da Igreja na era digital: este é o principal objetivo do "Illuminaire Nurturing Digital Stewardship", uma conferência dedicada a sacerdotes, religiosos e membros da vida consagrada que se realiza nos dias 23 e 24 de novembro em Bangalore, na Índia.
Organizada pelo Dicastério para a Comunicação do Vaticano, em colaboração com os Salesianos e algumas instituições católicas indianas, a iniciativa reúne cerca de trezentas pessoas que levarão a sua experiência em matéria de fé e de informação.
Entre os palestrantes, estão o Prefeito do Dicastério para a Comunicação, Dr. Paolo Ruffini - que há dois meses inaugurou o site “Iluminaire”, e Nataša Govekar, responsável pela direção teológico-pastoral do mesmo dicastério.
Em seu pronunciamento, Dr. Ruffini propôs aos presentes a seguinte reflexão:
"Seremos hoje capazes de contar histórias? Seremos capazes de nos aproximar deste crescimento exponencial e extraordinariamente útil - mas ao mesmo tempo potencialmente assustadoramente perigoso - dos sistemas de inteligência artificial sem perder a nossa humanidade e, de fato, sem nos tornarmos mais maduros como seres humanos? A questão é saber se e como o desenvolvimento da inteligência artificial na comunicação pode ajudar-nos a tornarmo-nos mais humanos ou empurrar-nos para a degradação da nossa humanidade. E também como é que vai tornar as relações entre as pessoas mais fortes e verdadeiras e as comunidades mais coesas, e como é que vai aumentar a solidão dos já solitários, privando cada um de nós do calor que só a verdadeira comunicação pode oferecer. A questão é saber se o objetivo final é permitir uma vida cada vez mais plena a cada ser humano, ou se, pelo contrário, se tornou uma reivindicação de uniformização, normalização e controlo da irrepetibilidade de cada história."
Leia aqui o texto do Dr. Paolo Ruffini.