Querido povo de Deus, nesta Solenidade do Natal do Senhor, a Palavra de Deus nos revela a glória do Verbo eterno que se fez carne, habitando entre nós e enchendo a terra de sua salvação, como proclamado nas leituras litúrgicas de hoje.
O profeta Isaías exulta: "Que formosos são, sobre os montes, os pés do mensageiro que anuncia a paz, que traz a boa-nova, que proclama a salvação!" Deus consola seu povo, revelando seu braço santo a todas as nações, desde os confins da terra, para que todos vejam a vitória do Senhor. Essa mensagem de paz irrompe na história como o nascimento de Jesus, que põe fim ao luto e inaugura a alegria eterna.
O Salmo 97 nos convida a cantar ao Senhor um cântico novo, pois ele fez vencer a justiça e julgou as nações com retidão. O Senhor se fez conhecido como salvador, lembrando sua fidelidade e sua graça para com a casa de Israel, diante de todas as gentes da terra. Rios batem palmas, montes exultam, celebrando o Rei que vem julgar o mundo com eqüidade e os povos com retidão.
A Carta aos Hebreus declara que Deus, outrora falando aos pais pelos profetas, nestes últimos dias se dirigiu aos homens por seu Filho, a quem constituiu herdeiro de tudo. Esse Filho, reflexo de sua glória e imagem de sua substância, sustenta o universo com sua palavra poderosa e, pela sua oblação, purificou os pecados, sentando-se à direita da Majestade. Os anjos o adoram, proclamando sua superioridade sobre toda criatura.
No prólogo de João, o Verbo estava junto de Deus e era Deus, por ele tudo foi feito, e nele estava a vida que é a luz dos homens. A luz brilha nas trevas sem ser absorvida por elas; João veio como testemunha dessa luz, e todos os que a recebem tornam-se filhos de Deus, nascidos não do sangue, mas de Deus. O Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e verdade, contemplado em sua glória única de Filho Unigênito do Pai.
Irmãos, nesta oitava de Natal, acolhamos o Verbo encarnado, deixando que sua luz dissipe nossas trevas e nos configure à imagem do Filho eterno.
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