Estamos no final do Ano Litúrgico. A Igreja nos convida a contemplar o mistério do fim dos tempos e da vinda gloriosa de Cristo. As leituras de hoje nos ajudam a olhar para além das aparências da história, para enxergar a vitória definitiva de Deus.
Na primeira leitura, o Profeta Daniel descreve uma visão grandiosa: os reinos humanos, representados por animais ferozes, passam, mas o “Filho do Homem” recebe de Deus o poder, a glória e o reino eterno. Aqui já se anuncia Jesus Cristo, que virá como juiz e rei. Esta mensagem é clara, todos os poderes terrenos são passageiros, mas o Reino de Deus permanece para sempre.
O salmo que também está no livro de Daniel, é o cântico dos três jovens na fornalha, um hino de louvor à criação. Tudo o que existe bendiz o Senhor. Este é um convite para que, mesmo em meio às provações, reconheçamos a presença de Deus e o louvemos, pois louvar é proclamar que Deus reina, mesmo quando o mundo parece dominado pelo caos.
E no Evangelho de Lucas, Jesus usa a parábola da figueira, dizendo que, quando brotam as folhas, sabemos que o verão está próximo. Assim também, os sinais nos indicam que o Reino de Deus está às portas. Portanto, Cristo nos lembra que, o céu e a terra passarão, mas as suas palavras não passarão. A Palavra de Deus é firme, segura, eterna. É nela que devemos fundamentar nossa vida.
No fim do Ano Litúrgico, a liturgia nos recorda que a história caminha para Cristo. Ele é o Senhor do tempo e da eternidade. Que possamos viver com confiança, vigilância e esperança, proclamando com a nossa vida: “Bendito seja o Senhor para sempre, porque o seu Reino não terá fim.”
Assim seja!
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