Hoje celebramos a Solenidade de Cristo Rei, que encerra o Ano Litúrgico. É uma festa que nos recorda que toda a história converge para Cristo, Senhor do tempo e da eternidade. Ele não é um rei segundo os moldes humanos, mas o Rei que reina do trono da cruz, oferecendo-nos vida, reconciliação e paz.
Na primeira leitura retirada do segundo livro de Samuel, Davi é ungido rei sobre todo Israel. O povo reconhece nele alguém que os conduziu e que foi escolhido por Deus. Esse gesto aponta para Cristo, o verdadeiro Pastor e Rei, que não governa por imposição, mas por amor e serviço. Assim como Davi uniu as tribos, Jesus une todos os povos em um só corpo.
O salmista canta: “Que alegria, quando ouvi que me disseram: "Vamos à casa do Senhor!"”. Este salmo nos mostra que a realeza de Cristo está ligada à paz e à justiça que brotam de Jerusalém. Cristo é o novo templo, e nele encontramos a verdadeira alegria e segurança.
Na segunda leitura retirada da Carta de São Paulo aos Colossenses, o apostolo nos apresenta um hino cristológico belíssimo: Cristo é a imagem do Deus invisível, o primogênito da criação, aquele em quem tudo foi criado e reconciliado. Ele é o Rei porque tudo existe nele e para ele. Seu reinado não é de dominação, mas de reconciliação: “Ele é a cabeça do corpo, da Igreja.” Celebrar Cristo Rei é reconhecer que nossa vida só encontra sentido nele.
Sendo assim, podemos cocluir que, Cristo é Rei porque serve, ama e se entrega, seu Reino é de paz, justiça e reconciliação, Ele nos chama a reconhecer sua soberania não apenas com palavras, mas com a vida. Enfim, o bom ladrão nos ensina que nunca é tarde para abrir o coração ao Rei que salva.
Ao encerrarmos o Ano Litúrgico, somos convidados a renovar nossa fé: Cristo é o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim. Ele reina do alto da cruz e nos conduz ao Paraíso. Que possamos, como o bom ladrão, reconhecer sua realeza e nos deixar transformar por seu amor.
Assim seja!

