14º Domingo do Tempo Comum

Neste 14º Domingo do Tempo Comum, celebramos a alegria de sermos enviados por Cristo como mensageiros da paz. A missão nasce da experiência do consolo de Deus e se torna um caminho de alegria, mesmo em meio aos desafios. Ser missionário é, antes de tudo, viver como quem já se sabe amado.

O profeta Isaías nos apresenta uma imagem profundamente terna de Deus: como uma mãe que consola e acaricia seus filhos. Jerusalém, símbolo do povo de Deus, é fonte de alegria, consolo e renovação. A paz flui como um rio, e a glória das nações como uma torrente. Essa imagem materna de Deus nos recorda que a missão cristã nasce da experiência de sermos amados e consolados por Ele.

O salmista convida toda a terra a aclamar o Senhor com alegria. Ele recorda os feitos maravilhosos de Deus, como a travessia do mar e do rio a pé enxuto. A resposta do salmo — “Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira” — é um chamado à gratidão e louvor, frutos da experiência da salvação.

São Paulo nos lembra que a cruz de Cristo é o centro da nossa glória. Não são os ritos externos que nos salvam, mas a transformação interior: ser uma nova criatura. O apóstolo carrega em seu corpo as marcas de Jesus, sinal de sua entrega total à missão. A missão exige renúncia, mas é fonte de verdadeira liberdade e sentido.

Jesus envia setenta e dois discípulos, dois a dois, para preparar o caminho. Ele os envia como cordeiros entre lobos, sem garantias materiais, confiando apenas na providência divina. A missão é urgente: “A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos”. Ao retornarem, os discípulos se alegram pelos frutos da missão, mas Jesus os convida a se alegrarem não pelos resultados, mas por terem seus nomes escritos no céu.

Neste domingo, renovemos nossa vocação missionária. Que cada um de nós, consolado por Deus como por uma mãe, se torne instrumento de consolo, paz e esperança para os irmãos. Que a cruz de Cristo seja nossa glória, e que nossa alegria esteja em saber que pertencemos a Ele.

Amém!