domingo, 13 de abril de 2025

O ENCONTRO DE DOIS MÁRTIRES (artigo do Diác. Paulo Gabriel)



Diácono Paulo Gabriel Batista de Melo
Capelania Nossa Senhora do Loreto
Ordinariado Militar do Brasil – Parnamirim (RN)



PREFÁCIO

Este artigo pretende mostrar a historiografia destas duas mulheres santas, Isabel e Maria Santíssima, respectivamente, escolhidas por Deus para anunciar – através de seu filho João Batista e salvar – com aquele que por obra do Espírito Santo fora gerado em seu ventre.


A SALVAÇÃO NA HISTÓRIOGRAFIA TEOLÓGICA

Nós fomos criados, somos criaturas de Deus, adotados por Jesus através do Sacramento do Batismo, mas a palavra usada para Jesus pelo Evangelho é gerar. Jesus foi gerado, ou seja, é da mesma substância do Pai, por isso o Concílio de Calcedônia disse: “gerado não criado, consubstancial ao pai”.

É sempre necessário refletir a vida de Jesus, para nos moldar a Ele, para sermos a sua imitação. Nosso querido Papa Bento XVI, em sua obra ‘Jesus de Nazaré’, uma trilogia biográfica do Mestre, nos mostra a ação de Deus restaurando e reparando sempre nossos erros ao longo da História da Salvação, no qual ele chama de a “flexibilização de Deus Ratizinger (2011, p. 116):

  • ADÃO E EVA – JESUS E MARIA SANTÍSSIMA

  • O EVENTO BABEL – ABRAÃO

  • A MONARQUIA – JUÍZES: Ele nos dá o Rei Jesus

Sempre achei curioso, o mesmo anjo que entra em contato com Maria para gerar em Deus Jesus, é o mesmo anjo que fala com Zacarias, o anjo Gabriel, talvez o meu interesse pelo próprio nome.

Segundo São Lucas, a gravidez de Isabel foi anunciado pelo anjo Gabriel, o enviado por Deus: "Certa ocasião, Zacarias fazia o serviço religioso no Templo". Então apareceu um anjo do Senhor. O anjo disse: Não tenha medo, Deus ouviu seu pedido, e sua esposa Isabel vai ter um filho, e você lhe dará o nome de João". (Lucas 1,8-13)


Maria e Isabel são escondidas por Deus em seu coração até o momento oportuno de as revelar. O encontro destas duas mães grávidas muito tem a nos ensinar. É nesse esconder que está a humildade destas duas servas. O encontro do último profeta e de nosso Deus na pessoa de seu Filho.

Depois que terminou seus dias de serviço no Santuário, Zacarias voltou para casa. Algum tempo depois, sua esposa Isabel ficou grávida, e se escondeu durante cinco meses”. (Lucas 1,23-24)


A importância do exemplo é grande, pois ninguém dá o que não tem. João Batista via seu pai ir ao templo como sacerdote, seu zelo e amor certamente contagiava as pessoas que o tinham como um bom servo de Deus. Isabel sua mãe, também não era diferente, participava ativamente da religiosidade judaica, era ‘Filha de arão’, e também era de muita oração e espiritualidade, ou seja, uma família santa, tanto a dos progenitores do precursor como a da Sagrada Família de Nazaré.

Isabel deu à luz a um filho, e como era prática entre os judeus, no oitavo dia, João passou pela cerimônia da circuncisão. A sua educação foi influenciada pelas ações religiosas do templo onde o seu pai era sacerdote e a sua mãe pertencia a uma sociedade chamada “Filhas de Aarão”.


Maria, Mãe de Jesus, segundo nos mostra o evangelista, fica com Isabel até se completarem os dias de dar a luz, duas mulheres santas, escolhidas por Deus para anunciar e salvar. Logo, a historiografia destas duas mulheres santas, Isabel e Maria Santíssima, respectivamente, escolhidas por Deus para anunciar – através de seu filho João Batista e salvar – com aquele que por obra do Espírito Santo fora gerado em seu ventre.

O Evangelho de São Lucas relata o nascimento de João Batista: “Terminou para Isabel o tempo da gravidez, e ela deu à luz um filho. O menino ia crescendo, e ficando forte de espírito. João viveu no deserto, até o dia em que se manifestou a Israel”. (Lucas 1,57;80)


Duas gestações de milagres, em que uma a criança vai anunciar o Filho de Deus – João Batista - e a outra vai redimir a humanidade – Jesus, ambas tem seu primeiro encontro ainda nas barrigas de suas mães, ventres santos, que geraram para a Igreja o precursor e o salvador.


REFERÊNCIAS

MONTFORT, Luiz Maria Grinion de. Tratado da verdadeira devoção à Santíssima Virgem. PETRÓPOLIS, R. J. RIO DE JANEIRO: Editora Vozes Ltda. - Segunda Edição, 1943

BENTENCOURT, Estevão. Cristologia. Rio de Janeiro: Mater Ecclesiae, 2009.

RATZINGER, Joseph. PP Bento XVI. Jesus de Nazaré: da entrada em Jerusalém até a ressurreição. São Paulo: Planeta, 2011.




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