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Neste início do tempo da Quaresma, a liturgia nos convida a refletir profundamente sobre nossas escolhas de vida. As leituras de hoje oferecem um guia claro para abraçarmos a vida em Deus e nos desprendermos daquilo que nos afasta d’Ele.
Na primeira leitura, do livro do Deuteronômio (Dt 30,15-20), Moisés apresenta ao povo de Israel uma escolha clara: “A vida e o bem, a morte e o mal”. Este é o chamado que ecoa para cada um de nós hoje: seguir os caminhos do Senhor, que nos levam à vida, ou sucumbir às tentações do pecado, que nos conduzem à morte espiritual. Moisés nos lembra que a escolha pela vida exige amor, obediência e fidelidade a Deus. É uma decisão diária de colocar o Senhor no centro de nossas vidas.
O salmista, no Salmo 1, nos aponta o segredo para ser feliz e abençoado: meditar na Lei do Senhor dia e noite, enraizando-se em Deus como uma árvore plantada junto à água corrente. Esta imagem nos inspira a buscar continuamente a Palavra de Deus, que nos alimenta e nos dá força para perseverar no caminho certo.
No Evangelho, segundo São Lucas (Lc 9,22-25), Jesus nos ensina sobre o verdadeiro sentido do discipulado: “Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz cada dia e me siga.” Estas palavras nos desafiam a abandonar o egoísmo, o orgulho e os desejos desordenados para abraçarmos a cruz, que, apesar de ser um sinal de sacrifício, nos leva à vida eterna. A pergunta central que Jesus nos deixa é: “De que adianta ganhar o mundo inteiro, mas perder-se ou arruinar-se a si mesmo?”
Nesta Quaresma, somos chamados a reavaliar nossas escolhas e a fazer um compromisso renovado com a vida em Cristo. Que esta seja uma oportunidade de conversão, onde possamos nos voltar com todo o coração a Deus, confiando em Sua graça para nos ajudar a carregar nossas cruzes diárias.
Queridos irmãos e irmãs, escolham a vida! Escolham seguir o Senhor com alegria e determinação. Que o exemplo de Cristo nos inspire e que a Palavra de Deus seja sempre nossa fonte de luz e esperança.
Assim seja!
Por Diácono Edson Araújo