segunda-feira, 22 de dezembro de 2025

APARIÇÕES MARIANAS (Diác. Paulo Gabriel)

A capacidade de refletir, Deus a deu apenas ao homem. No clássico "Apologia de Sócrates", Platão ao escrever a vida e obra de seu mestre Sócrates, nos lembra que “uma vida que não é refletida não vale a pena ser vivida”, desta forma, possamos refletir as motivações marianas de suas aparições.

Segundo Fonseca (1994, p. 26), de 1928 até 1972 “divulgaram-se 232 aparições de Nossa Senhora”, a maior motivação, segundo o autor, para todas estas aparições é uma Mãe preocupada e atenta aos riscos que sofrem seus filhos, com a “degradação moral dos costumes”. Em suas aparições, a Santíssima Virgem pede orações e penitências, para evitar os justos castigos de Deus. Para se ter uma ideia, poucas são as aparições marianas na Idade Média.


A Mãe de Deus e nossa, segundo Fonseca (1994, p. 32), possui mais de mil títulos, dentre eles “Arca da Aliança, Torre de Davi, Velo de Gedeão” e outros mais. A Igreja não costuma festejar o dia do nascimento dos santos, e sim o dia de sua morte, que é o dia em que se nasce para a verdadeira vida. Porém, ela abre exceção para três santos: Jesus Cristo nosso Redentor, João Batista, o precursor de Jesus e Maria Santíssima sua mãe, mostrando um destaque todo especial para as inúmeras festas e solenidade, mais os dogmas proclamados pela Igreja para a Mãe do Filho de Deus.


Em uma destas aparições, na localidade de La Salette, no sudoeste da França, região montanhosa, no dia 19 de setembro, Ela aparece a dois pastorinhos, “Melania Calvat com 15 anos e Maximino Giraud de 11 anos”, “a Mãe de Deus aparece a chorar, sentada na amurada da fonte de água, com os cotovelos apoiados nos joelhos e as mãos espalmadas sobre o rosto”, e o motivo de seu choro é a falta de conversão dos seus filhos que tanto ela ama, e entre os pecados mais graves que fazem pesar a mão de Deus sobre nós, ela cita: “blasfêmias, desrespeito ao repouso dominical, o esquecimento da obrigação da assistência a Missa, principalmente nos domingos e dias de grandes festas (dias dos santos), bem como o descaso das obrigações da Quaresma”, a Mãe aconselha as crianças que rezem ao deitar-se e ao levantarem-se.


Hoje vimos o que a França, filha primogênita do Catolicismo tornou-se, por isso a Vigem Santa aparece 18 vezes naquele país, como um aviso de súplica de conversão. Entre as principais aparições na França temos Nossa Senhora de Laus (Notre-Dame du Laus), Nossa Senhora da Medalha Milagrosa (Paris), Nossa Senhora de La Salette, Nossa Senhora de Lourdes e Nossa Senhora de Pontmain.


Como nos lembra o filósofo grego, Epiteto (2021, p. 12), “se você deseja, almeja coisas grandes, lembre-se de que não deve tentar agarrá-las com um mínimo esforço”, quem deseja o céu, deve “combater o bom combate”, ou como nos lembra o maior o orador romano Cícero (2021, p. 17), “as armas mais bem adaptadas a velhice são a cultura e o exercício ativo das virtudes”, um homem e mulher virtuosos, trilham uma estrada espinhosa, porém santa e que agrada a Deus, uma vez que a humanidade já por demais O ofendeu.


Que a Mãe Santíssima nos ajude em nosso caminhar rumo ao céu.


SALVE MARIA SANTÍSSIMA!


REFERÊNCIAS:


CÍCERO, Marco Túlio. Para saber envelhecer e a amizade. Jandira, SP: Principis, 2021.

EPITETO. O manual de Epiteto e uma seleção de discursos. Jandira, SP: Principis, 2021.

FONSECA, Mário. Miryam. João Pessoa: Ed. União, 1994.

PLATÃO. Apologia de Sócrates. Tradução de André Malta. Porto Alegre: L&PM, 2008

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