quinta-feira, 25 de dezembro de 2025

2º Dia na Oitava de Natal, Festa de Santo Estêvão

No segundo dia da Oitava de Natal, ainda nos alegramos com o nascimento do Salvador, mas a Liturgia nos apresenta Santo Estêvão, o primeiro mártir. Que contraste luminoso! De Belém, onde o Menino Jesus é acolhido em humildade, passou por Jerusalém, onde Estêvão entrega a vida em fidelidade radical. As leituras de hoje nos mostram que o Natal não é só ternura de presépio, mas fogo do Espírito que nos chama a testemunhar Cristo até o fim.

Na primeira leitura, dos Atos dos Apóstolos, vemos Estêvão cheio de graça e poder, realizando prodígios e sinais. Acusado de blasfêmia, ele não se cala: proclama a glória de Deus e a vinda do Filho do Homem à direita do Pai. O povo, enfurecido, range os dentes e o apedreja. Mas Estêvão, com o rosto como o de um anjo, clama: "Senhor Jesus, recebe o meu espírito!" e pede perdão aos algozes. Irmãos, Estêvão não é vítima passiva; ele é o primeiro a viver o que Jesus ensina no Evangelho de Mateus: "Quando vos perseguirem numa cidade, fugi para outra. [...] Não temas os que matam o corpo, mas não podem matar a alma."

Jesus nos prepara para isso na passagem evangélica: seremos entregues às mãos dos homens, flagelados, arrastados aos tribunais por amor ao seu Nome. Mas Ele nos assegura: "Não vos preocupeis com o que tenho de dizer; naquele momento, ser-vos-á dado o que tenho de falar, porque não sois vós que falais, mas o Espírito de vosso Pai é que fala em vós." Estêvão viveu isso plenamente! Sob pedras que doíam, seu coração transbordava paz, porque via os céus abertos e o Filho do Homem de pé à direita de Deus. Que imagem poderosa no Natal: o Menino deitado na manjedoura é o mesmo Senhor glorioso que Estêvão contempla!

O Salmo 30 nos ecoa essa confiança: "Em tuas mãos entrego meu espírito; tu me resgatas, Senhor Deus fiel!" Estêvão fez dessa oração sua última palavra. E nós? Nesta Oitava de Natal, entre cânticos de "Noite Feliz" e famílias reunidas, a Igreja nos provoca: estamos atendendo a testemunhar Jesus em nossas "pedras" cotidianas? Talvez não sejam apedrejamentos literários, mas olhares de zombaria no trabalho por defendermos a vida, pressões sociais para relativizarmos a fé, ou até incompreensões em casa quando priorizamos a Missa à festa mundana.

Pense nas pedras modernas: o preconceito contra cristãos autênticos, a cultura do cancelamento que silenciou a verdade do Evangelho, ou simplesmente o cansaço que nos faz calar diante do pecado. Estêvão nos ensina três lições para o nosso Natal: Enche-te do Espírito; como Estêvão, busquemos a graça nos sacramentos. Nesta Oitava, confissão e Eucaristia nos preparam para sermos testemunhas. Perdoa como Ele; Estêvão ora pelos inimigos, imitando Jesus na cruz. No Natal da misericórdia, perdoemos quem nos fere, transformando ódio em amor. Olha para os céusMesmo nas provas, fixamos os olhos em Cristo Ressuscitado. Ele venceu o mundo!

Querido povo de Deus, o martírio de Estêvão não é passado distante, é profecia para nós. Saulo, que aprovou sua morte, tornou-se Paulo, apóstolo dos gentios. Nossas "mortes" diárias podem converter corações! Nesta festa, imitamos Estêvão. Levemos o Menino Jesus ao mundo, custe o que custar. O Senhor que nasceu para nós nos dará força: "Aquele que perseverar até o fim, esse será salvo."

Que Maria, Mãe do Protomártir, nos cubra com seu manto. Santo Estêvão, rogai por nós!

Amém.

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