Olá, povo de Deus, paz e bem para vocês também!
As leituras de hoje nos colocam diante de duas realidades muito fortes; a fragilidade do poder humano e a firmeza da fé daqueles que confiam no Senhor.
Na primeira leitura, o rei Baltazar, em sua arrogância, profana os vasos sagrados do templo de Jerusalém e se embriaga em sua própria glória. Mas Deus escreve na parede a sentença: “Contado, pesado, dividido”. E o significado desta senteça é: contado: a vida humana tem limites, não é infinita; pesado: nossas obras são avaliadas diante de Deus; dividido: o poder humano é passageiro, pode ser tirado e entregue a outros. Aqui aprendemos que toda soberba e idolatria acabam em ruína. O que permanece é a fidelidade ao Senhor.
O salmo responsorial nos convida a bendizer o Senhor em todas as criaturas. É um contraste com Baltazar: enquanto o rei se fecha em si mesmo, a criação inteira se abre em louvor. O sol, a lua, as estrelas, o fogo e o calor… tudo canta a glória de Deus. Nós também somos chamados a viver em atitude de gratidão e louvor, reconhecendo que nossa vida é dom.
E no Evangelho, Jesus prepara os discípulos para a perseguição. Ele não promete uma vida fácil, mas garante: “É pela vossa perseverança que salvareis as vossas almas.” A fé não nos livra das dificuldades, mas nos dá força para enfrentá-las. O Senhor nos assegura que, mesmo diante de tribunais e inimigos, Ele nos dará palavras e sabedoria. A perseverança é o caminho da salvação: não desistir, não abandonar a fé, mesmo quando tudo parece contrário.
A Liturgia de hoje nos lembra que o poder humano é frágil, mas a fé perseverante é forte. Que possamos viver como discípulos que confiam na promessa de Cristo: se permanecermos firmes, nossa vida estará segura em Suas mãos.
Assim seja!