domingo, 13 de abril de 2025

Domingo de Ramos: Uma Reflexão de Amor e Solidariedade (Crônica de Domingo)


Diácono Edson Araújo
Arquidiocese de Natal



O sol despontava tímido no horizonte, enquanto a cidade acordava em sua agitação costumeira. Mas naquele domingo, algo no ar parecia diferente. Era o Domingo de Ramos, e as pessoas se dirigiam às igrejas carregando folhas de palmeira. A memória da entrada triunfal de Jesus em Jerusalém tomava forma nos rituais e nas celebrações, relembrando o Rei que, montado em um jumento, foi saudado por uma multidão com vozes e gestos de esperança.


Nas ruas, a vida seguia seu ritmo usual, marcado por contrastes. Na porta de uma casa simples, um homem idoso arrumava os poucos ramos que havia conseguido, desejoso de participar da procissão. Ao lado, uma criança o observava, segurando um pedaço de papel onde desenhava um jumento e uma figura radiante que imaginava ser Jesus. A inocência daquele gesto despertava um sentimento de ternura em quem passasse.

Enquanto isso, em um prédio elegante do outro lado da rua, empresários discutiam suas estratégias. Poder e riqueza eram os temas centrais daquela reunião, onde os ramos eram substituídos por gráficos e metas financeiras. O contraste entre esses mundos parecia gritar aos céus, como se clamasse por algo maior, por uma reconciliação entre o bem-estar individual e o bem comum.

O idoso, ao terminar sua tarefa, olhou para a criança e sorriu. Caminhou para a igreja, levando consigo o desenho da criança como um presente. Lá, ouviu o sermão sobre o Domingo de Ramos, sobre como Jesus enfrentou a dor e o sacrifício por todos, inclusive por aqueles que o negaram. Uma inspiração tomava conta de seu coração, e ele decidiu que faria mais por aqueles ao seu redor.

Ao sair, viu um jovem pedindo ajuda na praça que fica ao lado da igreja. Com coragem, decidiu que aquela seria sua primeira ação. Comprou um pão e um pouco de água, entregando ao rapaz com o mesmo gesto de humildade que aprendera com Jesus.

Assim, naquele pequeno gesto, parecia que a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém reverberava mais uma vez. Não com pompa, mas em ações silenciosas que amenizavam o sofrimento de quem precisava. Que o Domingo de Ramos não seja apenas memória, mas um convite eterno para a prática do amor ao próximo, da solidariedade, e da justiça. Afinal, a verdadeira entrada triunfal não é feita de ramos e aclamações, mas de corações dispostos a fazer a diferença.

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