Olá, povo de Deus, paz e bem para vocês também!
Ao meditar sobre as leituras deste sábado, somos chamados a aprofundar o coração da mensagem de Deus: um convite sincero à conversão, à misericórdia e à humildade diante do Senhor.
Na primeira leitura, do profeta Oseias, ouvimos um clamor por retorno ao Senhor: “Vinde, voltemos ao Senhor!” Essa passagem expressa a confiança no amor restaurador de Deus, que não deseja apenas sacrifícios externos, mas sim um coração contrito e disposto a caminhar em Sua presença. Deus não se alegra com rituais vazios, mas anseia por um amor autêntico e um conhecimento verdadeiro de Sua vontade.
No Salmo, encontramos o eco dessa mensagem. O salmista clama: “Criai em mim um coração que seja puro.” Este salmo é uma oração de penitência, um reconhecimento das falhas humanas e, ao mesmo tempo, um pedido sincero pela renovação interior. Aqui percebemos que Deus prefere um “espírito humilde e contrito” aos sacrifícios exteriores.
O Evangelho de São Lucas completa esse chamado à humildade ao narrar a parábola do fariseu e do publicano. Jesus nos alerta contra o orgulho espiritual, representado pelo fariseu que se vangloriava de suas obras, enquanto o publicano, em sua humildade, reconhecia sua condição de pecador e implorava a misericórdia de Deus. Cristo ensina que “quem se eleva será humilhado, e quem se humilha será exaltado”.
Essas leituras se conectam profundamente e nos convidam a refletir sobre nosso relacionamento com Deus. Não é a quantidade de nossas práticas religiosas ou a ostentação de nossos feitos que agrada ao Senhor, mas um coração sincero, humilde e disposto a amar.
Neste tempo da Quaresma, somos convidados a olhar para dentro de nós mesmos. Será que temos permitido que nosso orgulho ou vaidade nos afastem do verdadeiro encontro com Deus? Estamos realizando nossas práticas religiosas com amor genuíno ou apenas como um cumprimento de obrigações?
Hoje, que possamos pedir ao Senhor que nos conceda um coração puro e um espírito humilde, como o publicano que encontrou justificação. Que possamos retornar a Ele com sinceridade, confiando em Sua infinita misericórdia, e aprender a amar como Ele nos amou.
Amém.
Por Diácono Edson Araújo