Num domingo ensolarado, a pequena igreja na vila parecia transbordar de vida. Era o 6º Domingo do Tempo Comum, e os fiéis estavam reunidos para refletir sobre as leituras do dia. No altar, as escrituras de Jeremias, dos Salmos, da Primeira Carta aos Coríntios e do Evangelho de Lucas esperavam para serem desvendadas.
Jeremias, com sua sabedoria, falava sobre a confiança. Comparava o homem que confia no Senhor a uma árvore plantada junto às águas, cujas raízes se estendem até o rio. Mesmo em tempos de seca, essa árvore não teme, pois suas folhas permanecem verdes, e ela continua a dar frutos. Em contrapartida, aquele que confia no homem é como um arbusto no deserto, que não vê a prosperidade quando ela chega. Essas imagens vívidas ressoavam no coração dos fieis que ali se encontravam todos os domingos, e que os faziam entender onde deveriam depositar sua confiança.
O Salmo ecoava a mensagem de Jeremias, exaltando aqueles que meditam na lei do Senhor dia e noite. Eles são como árvores plantadas junto a correntes de águas, que dão fruto no tempo certo e cujas folhas nunca murcham. Ao ouvirem essas palavras, muitos fiéis se recordavam das suas próprias vidas, das vezes em que se sentiram desanimados e sem esperança, mas encontraram forças ao se voltarem para Deus.
São Paulo, em sua carta aos Coríntios, abordava um tema fundamental para a fé cristã: a ressurreição dos mortos. Ele afirmava com convicção que, se Cristo não ressuscitou, nossa fé é vã. Para muitos ali presentes, essas palavras trouxeram conforto e renovaram a esperança em um futuro além das dificuldades terrenas. A ressurreição de Cristo era a garantia de que a vida triunfa sobre a morte.
Por fim, no Evangelho de Lucas, Jesus pronunciava as bem-aventuranças. Ele exaltava os pobres, os que têm fome, os que choram e os que são odiados por causa do Filho do Homem. Ao mesmo tempo, advertia contra a riqueza, a saciedade, o riso e o elogio dos homens. Estas palavras ecoavam como um chamado à solidariedade e à compaixão, num mundo repleto de desigualdades.
À medida que a missa chegava ao fim, os fiéis saíam da igreja com uma nova perspectiva. A confiança em Deus, a busca pela justiça e a esperança na ressurreição de Cristo preenchiam seus corações. Como árvores plantadas junto às águas, sentiam-se fortalecidos para enfrentar os desafios do mundo, com a certeza de que, com raízes firmes na fé, continuariam a dar frutos bons e duradouros.